O PT herdou da tradição da esquerda a consciência de que a luta dos trabalhadores tem dimensão internacional, mesmo que cada região, país ou localidade sejam marcados por características próprias. O PT também sabe que sem o reconhecimento e a solidariedade de outros povos será difícil consolidar as vitórias conquistadas. Esta concepção, centrada na possibilidade de cooperação, busca contribuir para transformar o cenário internacional em favor de uma lógica de igualdade e paz para os povos e nações.
Com esses objetivos, nesses 43 anos, seus representantes mantêm relações permanentes com as principais lideranças políticas progressistas e governos de todos os continentes, assim como com organizações populares e movimentos de esquerda do mundo inteiro, obedecendo sempre ao princípio de respeito mútuo às posições divergentes.
Na América Latina, nos anos 80, as relações internacionais do PT estiveram vinculadas ao trabalho de solidariedade e denúncia de desrespeito aos direitos humanos. Em 1990, junto com partidos e movimentos de diversas tradições da esquerda latino-americana, o PT fundou o Foro de São Paulo.
Na Europa, a excelente votação de Lula para a Presidência, em 1989, deu início a uma fase de estreitamento de relações com partidos e governos. O PT desenvolveu vínculos com todos os partidos das diferentes vertentes da esquerda europeia. Na África, o PT mantém relações históricas com o Congresso Nacional Africano (África do Sul), organizações partidárias de Angola e Moçambique e outras expressões políticas. Na Ásia, a retomada das relações com o PC chinês foi um passo importante para ampliar a inserção no continente. No Oriente Médio, o PT empenha-se em ampliar vínculos com partidos e movimentos que lutam pela paz em Israel e nos países árabes.
O objetivo das relações internacionais do PT é compartilhar princípios e interesses em benefício da paz, da integração regional, do multilateralismo, da solidariedade e do desenvolvimento com justiça social.
Coordenação da esquerda latino-americana
O Foro de São Paulo surgiu em 1990 por iniciativa do Diretório Nacional do PT, que naquele ano realizou o primeiro encontro com a participação de 48 organizações políticas da América Latina e Caribe, em São Paulo/SP. Em 1991, a reunião passou a se chamar Encontro dos Partidos do Foro de São Paulo e foi realizada na Cidade do México.
O 3º Encontro foi realizado em Manágua (Nicarágua) e o 4º, em Havana (Cuba). Não houve encontro em 1994 por conta de uma coincidência do calendário eleitoral em diversos países, incluindo o Brasil. Montevidéu (Uruguai) foi a sede do 5º Encontro e San Salvador (El Salvador) do 6º, em 1996. No 7º Encontro (Porto Alegre/RS, 1997) foi aprovado o documento “Construir uma alternativa democrática e popular ao neoliberalismo”.
O 8º Encontro aconteceu na Cidade do México, em 1998, e o 9º Encontro em Niquinohomo, Nicarágua (2000). Havana (2001) sediou o 10º Encontro, Antígua e Barbuda (2002) sedia o 11º Encontro e Quito (Equador), em 2003, foi a sede do 12º.
Em 2005, São Paulo volta a sediar um encontro do Foro (13º); San Salvador (2007) sedia o 14º; Montevidéu (2008), o 15º Encontro; Cidade do México (2009), o 16º, e Buenos Aires, pela primeira vez, é sede de um Encontro do Foro, em 2010; Manágua (2011) sedia o 17º.
O 18º Encontro se realiza Caracas, Venezuela (2012); e o 19º é em São Paulo (2013). La Paz,na Bolívia, em 2014 (20º), Cidade do México, em 2015, o 21º, San Salvador, o 22º, Nicarágua (2017), o 23º e Havana, Cuba (2018), o 24º. Caracas, Venezuela (2019) sedia o 25º Encontro.
Lideranças e ativistas, artistas e personalidades, da cultura e da política de várias partes do mundo denunciaram o ataque à Democracia brasileira em 2016 e repudiaram a prisão de Lula. Uma solidariedade expressa visualmente nos mapas interativos de Debora Baldin (SRI-DN/PT):