Crédito: Claudio Versiani.

Os 43 anos de lutas, resistências e vitórias do Partido dos Trabalhadores no aprofundamento da democracia e pela construção do socialismo democrático – e, em particular os últimos anos de intensa perseguição política contra Lula, o PT e os movimentos sociais brasileiros – reforçam a importância da preservação e da difusão dessas memórias, que se confundem e dão continuidade às experiências de construção e luta dos movimentos políticos e sociais que as antecedem. 

Em meio à vitória da esperança em 2022 e dos imensos desafios que se vislumbram, convidamos militantes, eleitores e simpatizantes, a participarem da Campanha Memórias da Militância, compartilhando registros digitais – textos, depoimentos, cartazes, fotografias e vídeos – que relatam experiências militantes na construção do PT. 

“A reconstrução da memória do PT é um processo complexo que tem na preservação documental uma etapa decisiva. Ela faz parte de uma preocupação mais ampla de construção da identidade petista. Ponto de convergência de movimentos sociais e de correntes e sensibilidades político-ideológicas, o PT surgiu e desenvolveu-se no cenário mais amplo das lutas sociais e políticas, de enfrentamentos ideológicos, de contextos culturais. Reconstituir o conjunto desses elementos é um trabalho essencial para produzir a história do partido, sublinhar sua singularidade e apontar para questões essenciais de seu futuro”, já alertava Marco Aurélio Garcia no documento “Memória e História do PT”, lançado em 1997 pela Fundação Perseu Abramo. 

Esse projeto, concebido por ele, daria origem ao Centro Sérgio Buarque de Holanda, inaugurado pela Fundação Perseu Abramo em 2001: 

“À medida em que forem prosperando esses esforços para recuperar/preservar a memória partidária – o que implicará uma grande campanha nacional a respeito – devem ser dados passos para a produção de fontes para a história do PT e para um trabalho propriamente historiográfico sobre o partido. 

Os problemas que colocam a historiografia dos partidos políticos, sobretudo os partidos de esquerda, são complexos e devem ser objeto de uma profunda discussão. Para preservar critérios pluralistas e, portanto, evitar-se qualquer orientação historiográfica “oficial”, uma proposta de história do PT não pode limitar-se apenas aos grandes eventos institucionais – congressos, encontros, eleições, experiências parlamentares ou governamentais, nas quais se privilegie o papel dos dirigentes ou personalidades. Uma história do PT tem que resgatar a trajetória de homens e mulheres simples que estiveram na origem e no desenvolvimento do partido, por meio da recuperação de movimentos, iniciativas e sonhos que estão esquecidas, muitas vezes pelo fato de terem ocorrido longe dos centros nevrálgicos partidários. 

A história do PT é também a história dos movimentos sociais nesses últimos anos, dos embates de ideias e das mudanças ocorridas no mundo da cultura. A história do PT deverá dedicar especial atenção a temas específicos como a participação das mulheres, jovens, camponeses, movimento sindical, negros e outros segmentos da vida partidária. A história do PT exigirá, finalmente, situá-lo internacionalmente.” 

Marco Aurélio Garcia, a quem homenageamos com essa exposição, foi historiador e um dos principais dirigentes e pensadores do PT. É, também, grande referência na construção das relações internacionais do partido e dos governos Lula e Dilma. Entre 1996 e 2001, coordenou a implantação do Projeto Memória & História do PT. 

Participe da Campanha Memórias da Militância. Entre no link e envie seu registro para o Sistema de Acervos do PT (SIAC), contribuindo para que as gerações mais novas dialoguem com essa história e, também, para que pesquisadores, jornalistas e outros profissionais, nacionais e internacionais, acadêmicos ou não, acessem essas fontes e multipliquem estudos, reportagens e olhares sobre essa experiência. 

Fundação Perseu Abramo 

Centro Sérgio Buarque de Holanda, Documentação e Memória Política 

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  EXPEDIENTE

Partido dos Trabalhadores: 43 anos na luta pela democracia brasileira 

Fundação Perseu Abramo 

Diretoria 
Vivian Farias (presidenta em exercício), Elen Coutinho, Alberto Cantalice, Artur Henrique, Carlos Henrique Árabe, Jorge Bittar, Valter Pomar 

Conselho Curador

Dilma Vana Rousseff, Ademar Arthur Chioro dos Reis, Ana Maria de Carvalho Fontenele, Ana Carolina Moura Melo Dartora, Azilton Ferreira Viana, Camila Vieira dos Santos, Celso Luiz Nunes Amorim, Dilson de Moura Peixoto Filho, Eleonora Menicucci, Eliane Aquino Custódio, Elisa Guaraná de Castro, Esther Bemerguy de Albuquerque, Everaldo de Oliveira Andrade, Fernando Damata Pimentel, Fernando Dantas Ferro, Francisco José Pinheiro, Iole Ilíada Lopes, José Roberto Paludo, Lais Wendel Abramo, Luiza Borges Dulci, Maria Isolda Dantas de Moura, Nabil Georges Bonduki, Nilma Lino Gomes, Paulo Gabriel Soledade Nacif, Penildon Silva Filho, Sandra Maria Sales Fagundes, Sergio Aparecido Nobre, Tereza Helena Gabrielli, Barreto Campelo, Vladimir de Paula Brito 

Curadoria, roteiro e texto 
Maria Alice Vieira 

Pesquisa, texto e edição 
Vanessa Nadotti, Rafael Valente, Sarkis Alves e Tatiana Carlotti 

Pesquisa 
Guido Alvarenga, Irani Menezes, Carolina Sousa e Yasmim Chan 

Produção 
David da Silva Júnior  

Projeto Gráfico 
Camila Roma 

Cenografia 
Thaís Sampaio – Àrònì Cenografia 

Diretores responsáveis 
Elen Coutinho 
Alberto Cantalice 

Centro Sérgio Buarque de Holanda, Documentação e Memória Política 

Equipe e colaboradores 
Maria Alice Vieira, Vanessa Nadotti, Rafael Vieira Valente, Sarkis Alves, Irani Menezes, Guido Alvarenga e Juliana Sakai. Alexandre Barizon, Rodrigo César Santos, Solange de Souza e Tatiana Carlotti 

Estagiárias 
Carolina Sousa e Yasmim Chan 


Colaboração 
André Oliveira, Artur Henrique, Debora Baldin, Fábio El-Khouri, Ioná Gabrielli, Mariângela Araújo, Mila Frati 
 

Agradecimentos 
Nas figuras de Clóvis Ferreira, Douglas Mansur, Ennio Brauns, Ibanes Lemos, Jesus Carlos, Juca Martins, Myriam Luiz Alves, Nair Benedicto, Paula Simas, Ricardo Stuckert, Roberto Parizotti, Roberto Stuckert Filho, Vera Jursys e Vladimir Sacchetta (Iconographia) agradecemos todas as fotógrafas e fotógrafos que cederam suas imagens, garantindo que este trabalho se concretizasse. 
 
Qualquer omissão de créditos, entrar em contato com [email protected] 

Agradecimentos especiais 
Ivan Cosenza de Souza, filho de Henfil, que gentilmente nos cedeu as imagens das charges que integram esta exposição. O cartunista completaria 79 anos em 2023. 

www.fpabramo.org.br 
 

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