“A derrota nas urnas por pequena margem jamais será capaz de apagar da nossa memória as muitas vitórias alcançadas nesta campanha, não só por Lula, pelo PT, pelos partidos e líderes progressistas que se aliaram a nós, mas pelos milhões de brasileiros, quase a metade do país, que despertaram para a realidade de que o sonho é possível.”

Ricardo Kotscho em Sem Medo de Ser Feliz


Em 1989, Lula disputou a Presidência da República, na primeira eleição livre e direta para o cargo, após a ditadura militar. Ele chegou ao segundo turno, com 31 milhões de votos, contra Fernando Collor. Sua candidatura foi sustentada por um movimento de massas sem precedentes. A força do PT, ausente no adversário, estava na militância. Trabalhadores dos mais diversos setores, estudantes, intelectuais e artistas uniram-se numa grande frente. Os debates na TV registravam picos de audiência. O PT despertou um grau inédito de interesse e politização popular, mesmo diante de condições bastante desfavoráveis como falta de recursos e boicote da mídia.

Paulo Freire responde
Por que Lula?

“Lula por causa de uma porção de coisas:

Primeiro porque Lula coincide, é parte, é consequência, é razão de ser de muito de mudança da história política desse país. Quer dizer, ele se acha no bojo, no corpo das mudanças substantivas que a gente vem sofrendo nesses 20 anos. Não que ele seja o fazedor dessas mudanças, mas ele é de um lado resultado delas, de outro, fator de desenvolvimento delas.

Segundo, Lula porque ele expressa um pedaço enorme da vontade popular desse país. Quer dizer, Lula simboliza as classes populares nossas, tomando a sua história na mão para faze-la de novo, para refaze-la. Lula porque é sério, porque é competente, porque é honesto. Quer dizer, eu não sou dos que acham que a gente pode deixar a ética para depois. Não, a política é ética. Lula é um homem de vergonha, é um homem sério que tem um compromisso, é por isso também. Lula porque ele é um homem comprometido historicamente. Quer dizer, um homem que mexe no presente para fazer um futuro indispensável desse país. Futuro de liberdade, de superação das injustiças, da miséria, da dar. Lula por tudo isso!” 

Trecho de entrevista do educador (Centro de Referência Paulo Freire/Instituto Paulo Freire. Clique aqui e veja)

Saiba mais


Todas as nossas propostas podem ser resumidas numa só palavra: democracia. Democracia sem adjetivos, sem condicionantes, sem segundas intenções. Democracia, baseada na mais ampla participação da sociedade e no mais rigoroso controle das bases populares sobre o aparelho de Estado. Para os privilegiados, para a minoria dominante em nosso país, a democracia não interessa. O que interessa a eles é utilizar esse conceito como mero instrumento de defesa dos privilégios. Para a classe trabalhadora, para o povo, a democracia é um objetivo central. É um pré-requisito para a conquista de uma sociedade justa, equilibrada e solidária. (Leia mais)

(Trecho do primeiro fascículo do Programa de Governo Presidência – 1989. Fundo PT/DN Acervo CSBH)


Jingle da Campanha de 1989

Autoria: Hilton Acioli. Vozes: Ângela, Cintia Scola, Nadir Cândido, Nilda Santos, Silvia Zambón, Vera Lúcia de Campos, José Clóvis, Dércio Marques, Hilton Acioli, Marcos Barros, Moacyr Camargo (solo), Paulinho de Campos e Paulo de Tarso Santos.
Violões: Beto; contrabaixo: Geraldo.
Arranjo instrumental: Hilton Acioli.


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A PARTICIPAÇÃO DO PT NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS A PARTIR DA REDEMOCRATIZAÇÃO