Na quarta-feira, 15, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a retomada do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, em solenidade no Palácio do Planalto. O plano de Lula representa uma guinada na política de segurança pública, depois que Jair Bolsonaro promoveu o armamento da população civil.

Criada em 2007 pelo próprio Lula, a iniciativa revolucionou as estratégias de combate à violência apostando tanto na capacitação de policiais quanto no apoio às comunidades por meio de projetos sociais, culturais e esportivos para a juventude.

“Nunca consegui entender por que o Pronasci acabou. Ele era um projeto de segurança pública que não pensava só na polícia, mas também no papel do Estado” , disse. “No que o Estado pode fazer para a gente precisar menos de polícia, porque quando você necessita de muita polícia é sinal que falta Estado”.

Lula quer atuar com políticas sociais nas zonas mais afetadas pela violência. “Muitas vezes o Estado só está presente na periferia com a polícia, que não está ali para resolver, muitas vezes está ali para reprimir e resolver os problemas da forma mais brutal possível”, denunciou.O programa vai  combater a violência contra a mulher no país que registra um feminicídio a cada seis horas. 

“O Pronasci é a solução de um problema que tínhamos na cabeça. Segurança é polícia ou segurança é social? Agora, resolvemos essa aparente contradição”, resumiu o ministro da Justiça, Flávio Dino. •

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