Focus Brasil #130: o estado maior do golpismo
Nova edição traz o depoimento de Jair Bolsonaro à PF, além da cobertura da micareta golpista de domingo (25), na Avenida Paulista. “Bolsonaro optou pela covardia do silêncio diante dos investigadores”, relata a publicação
O depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal, bem como de outros personagens envolvidos na trama golpista para impedir a posse de Lula, é tema de capa da nova edição da revista Focus Brasil, da Fundação Perseu Abramo. “Segundo a PF, os investigados se uniram para disseminar notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro, com objetivo de criar condições para uma intervenção militar que mantivesse Bolsonaro no poder”, relata a Focus.
“Vale lembrar que Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que condenou o ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao questionar o sistema eleitoral. Bolsonaro também é alvo de outras investigações no STF”, destaca a publicação.
Na seção Carta ao Leitor, o diretor da FPA Alberto Cantalice analisa os desdobramentos do ato de 25 de fevereiro, que reuniu, na Avenida Paulista, Bolsonaro e outros aliados golpistas. “Inescrupuloso em sua aparência e essência Bolsonaro convocou as viúvas do golpe malogrado de 8 de janeiro, para convescote golpista neste domingo, na Avenida Paulista”, iniciou Cantalice.
Para o diretor da FPA, o ato não passou de uma cortina de fumaça para encobrir crimes cometidos por Bolsonaro e seus apoioadores contra o Estado de Direito. “A profusão de bandeiras e camisas da seleção nacional – cujo sentido seria o louvar a pátria – serviu para tentar acobertar um desafio às leis e à Constituição Federal perpetrados por Bolsonaro e seus asseclas na documentada tentativa de usar as Forças Armadas para virar o jogo e perpetrar um golpe de Estado”, pontuou.
“Quem as infringe deve prestar contas à sociedade. O rompimento do tecido social e as frequentes ameaças à democracia se dão pela impunidade-como foi o caso dos golpistas de 1964 que se quedaram impunes. Caso único na América Latina”, apontou Cantalice, para em seguida concluir: “Sem anistia!”.
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