A edição março/abril do Boletim de Análise da Conjuntura da Fundação Perseu Abramo traz um panorama do impacto da crise provocada pelo coronavírus nas dimensões política, social e econômica do Brasil e do mundo. Traz ainda uma avaliação da derrocada da imagem de Bolsonaro perante a opinião pública, em decorrência de sua postura irresponsável e negacionista em relação à pandemia.

A seção Internacional analisa reflexos políticos e econômicos nos países mais atingidos pelo vírus e a guerra comercial por equipamentos médicos da China, bem como do estremecimento das relações sino-brasileiras.

Em Economia, a linha de ação adotada por Paulo Guedes revela-se tragicamente insuficiente e equivocada, com o ministro e sua equipe ainda apegados ao dogma do fiscalismo e incapazes de enfrentar os desafios colocados pela urgente necessidade de sustentação dos fluxos de renda da economia e assim evitar um colapso social de grandes proporções.

As posições de Bolsonaro, contrariando as orientações da Organização Mundial da Saúde, e como isso tem impactado suas relações com os demais poderes e atores políticos são o tema de Política e Opinião Pública. A seção também traz resultados de pesquisa sobre a percepção da crise e das medidas para sua contenção, além da avaliação do governo, ministérios e demais instâncias no combate à pandemia.

Em Territorial, um estudo ranqueia todos os municípios brasileiros com base nas vulnerabilidades que facilitam a propagação do coronavírus, com o objetivo de alertar a população e os gestores públicos responsáveis por implantar políticas de contenção à disseminação deste em suas cidades.

A seção Federalismo mostra que a despeito do governo federal, municípios e estados buscam cumprir seu papel e têm assumido a dianteira no combate ao coronavírus. E muitas cidades brasileiras têm gerado experiências de referência nesta luta.

Em Judiciário, aponta-se que, como solução para a crise, governo e Congresso Nacional tomaram diversas decisões que afetam as relações jurídicas no Brasil. No entanto, como há algum tempo, o Poder Judiciário prova ter sido criado para proteger o sistema econômico, e não as pessoas.

Diante da pandemia, ganha contornos dramáticos a situação já complicada no país dos quase oitocentos mil presos que cumprem pena em presídios, em sua maioria superlotados e em condições de insalubridade, com falta de materiais de higiene, de atendimento médico e privação dos “jumbos”, conforme analisa a seção de Segurança Pública.

A Comunicação apresenta a visão da imprensa estrangeira sobre o Brasil após o início da crise provocada pelo coronavírus e o impacto da pandemia na imprensa tradicional brasileira e nas redes sociais online, que indica um desgaste cada vez maior da imagem de Jair Bolsonaro.

Por fim, Movimento Sociais traz uma análise que indica que a crise leva os movimentos organizados a descobrirem como se aproximar de suas bases mesmo a distância.

 

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