Obra lançada nesta quinta (9), em São Paulo, reúne análises urgentes sobre o país e tem parceria entre Fundação Perseu Abramo, Instituto Lula e Hucitec Editora

A fala de abertura do presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, durante o lançamento do livro “Problemas estruturais e perspectivas de transformação”, realizado na noite de 9 de maio, em São Paulo, tem se tornado espécie de tratado em defesa da produção de conhecimento, sobretudo num momento em que as fake news têm voltado a fazer estragos no país.

“O esforço permanente de pensar o Brasil e entender como é possível transformá-lo é a principal tarefa da Fundação Perseu Abramo. Este livro é o resultado desse trabalho e permite que cada um de nós tenha argumentos para defender o nosso partido”, resumiu.

De fato, a obra endossa esse argumento e faz parte desse esforço coletivo que tem sido indispensável na construção de propostas e ideias inovadoras, sempre que possível de maneira coletiva. Como a escolha editorial, que pretende oferecer ao leitores análises urgentes e que precisam ser levados a sério.

O livro foi organizado por Marcelo Manzano, Jorge Abrahão de Castro, María José Haro Sly e Raul da Silva Ventura Neto, e faz parte da coleção ‘Novas e Velhas Desigualdades na Era Digital’, parceria entre Fundação Perseu Abramo, Instituto Lula e Hucitec Editora.

A começar pelo prefácio assinado pelo presidente Lula, cada conteúdo propõe uma nova leitura sobre temas como urbanização, discurso de ódio e os perigos das mudanças climáticas, como num prenúncio do que aconteceria no Rio Grande do Sul.

“Há uma análise que deixa bem claro: se as cidades e o país não se adaptarem, problemas como enchentes se tornarão cada vez mais graves. Não tenho dúvidas de que o conteúdo do livro se tornará material de consulta permanente para entender o que acontece no país”.

Autora de um dos artigos, a arquiteta Nilce Aravecchia Botas elogiou a liberdade dada pela FPA e demais parceiros para que não isentassem possíveis críticas em razão do viés político. “Eu me senti livre inclusive para discordar de quem ajudou na minha formação e que também estiveram sujeitos ao erro”.

A professora Rosemary Segurado complementou ao dizer que foi essa liberdade que deu ao livro textos contundentes e alinhados somente à sua proposta inicial. “Escrevemos sobre temas que teriam outra leitura se fossem influenciadas pela narrativa política. Mas não podemos nunca deixar de defender o conhecimento como base para essas transformações”.

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