A secretária para América Latina e Caribe do Itamaraty, embaixadora Gisela Padovan, confirmou que a diplomacia brasileira já está trabalhando para que a Argentina seja incluída no grupo do Brics.

A sigla é acrônimo da organização formada por países de economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A ideia de incluir a Argentina foi uma promessa feita em maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois que o país vizinho mergulhou em uma nova crise financeira.

“A entrada da Argentina no Banco do Brics também está sendo trabalhada”, disse a secretária, que integrou a comitiva brasileira na 62ª cúpula de chefes de Estado do Mercosul.

Mais de 20 países já manifestaram o desejo de integrar o bloco. As candidaturas mais promissoras no momento, com possibilidade de ingresso ainda este ano, segundo analistas internacionais, seriam Arábia Saudita e Egito, o que ampliaria o território do bloco com um pé agora no Oriente Médio. Argentina e Irã viriam logo depois nesta fila.

A cúpula deste ano, na África do Sul, deverá ser realizada em agosto dentro do formato BRICS+, ou seja, com a participação de países convidados. A ampliação do número de integrantes, porém, não deve acontecer a curto prazo. Para que os cinco países membros aceitem novos sócios, muitos estudos e avaliações deverão acontecer, sobretudo dentro de um contexto geopolítico dinâmico como o atual. •

`