A Polícia Federal se aproxima cada vez mais do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, quanto à tentativa de golpe em 8 de janeiro. Novas mensagens de áudio que constam do telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, preso pela Polícia Federal e ajudante de ordens do ex-presidente, revelam planos de mobilização de 1.500 militares para executar um golpe de Estado no país, além do envolvimento do coronel Élcio Franco.

A CNN teve acesso aos áudios que comprometem ainda mais o entorno e a própria participação do ex-presidente no planejamento de um golpe. O material reforça essa suspeita, aventada desde a divulgação dos primeiros áudios do celular de Mauro Cid.

No material obtido pela PF, o coronel Élcio Franco, ex-número dois do Ministério da Saúde durante a gestão do general Eduardo Pazuello — depois assessor de Braga Neto na Casa Civil, tem diálogos escandalosos com o ex-major Ailton Barros, amigo e um dos homens de confiança de Jair Bolsonaro, preso pela PF acusado de participação no escândalo da falsificação de cartões de vacina de Covid-19.

Em uma das conversas, Élcio Franco alega que o general estaria temoroso de ser responsabilizado por uma eventual tentativa de golpe contra as instituições democráticas. Ailton chega a afirmar que seria preciso convencer o comandante da brigada de Goiânia a aderir ao golpe e prender Alexandre de Moraes. “Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens”, propõe. •

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