Depois da miséria do governo anterior, Lula ouve demanda de reitores e aumenta orçamento das universidades. Governo anuncia mais recursos também para os institutos federais

OUTRA PROMESSA CUMPRIDA Lula e Camilo Santana recebem dirigentes das entidades estudantis UNE e UBES

Depois de seis anos com cortes consecutivos, o ensino público superior brasileiro volta a receber atenção do governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prova, mais uma vez, que a educação voltou a ser tratada como merece. Depois de os reitores das universidades federais demonstrarem preocupação com a situação financeira das instituições federais, o governo federal decidiu aumentar o orçamento para o ensino superior em 2023.

Na quarta-feira, 19, em reunião com reitores de universidades e  dirigentes institutos federais, Lula anunciou um acréscimo de R$ 2,44 bilhões no orçamento do Ministério da Educação, que poderão ser usados para custear o funcionamento dos campi e também em obras de infraestrutura.

“Como é que a gente vai criar os empregos novos, para o mercado de trabalho novo, sem a inteligência das universidades?”, questionou. “O que anunciamos aqui hoje é uma semente que estamos plantando na educação. Esperem que ela vai crescer, florescer e dar os frutos que o nosso país tanto precisa”. Segundo o presidente, as universidades são fundamentais no processo de reconstrução e desenvolvimento do país.

O ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou a importância das instituições de ensino superior. “Nossas universidades públicas são responsáveis pela maior parte da produção científica deste país”, lembrou. “Educação é o maior patrimônio que um país pode ter. Este governo prioriza e vai priorizar a educação pública e de qualidade para o povo brasileiro”. 

Desde que voltou a ser presidente, Lula tomou várias medidas de reconstrução do ensino público brasileiro. Em cem dias, ele já reajustou a merenda escolar, que não tinha aumento havia seis anos; subiu o valor das bolsas de pesquisa, que estava congelado desde 2013; e determinou a retomada de 4 mil obras financiadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e que estão paralisadas.

Representantes dos reitores e dos alunos ressaltaram a diferença de tratamento dado ao ensino nos governos Lula e Bolsonaro. A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, lembrou que o governo anterior sabotou as universidades com sucessivos cortes de orçamento.

Algumas das universidades federais, recordou Bruna, ficaram sem dinheiro até mesmo para pagar as contas de água e luz. A situação se tornou dramática em 2022. “A recomposição orçamentária é um grande suspiro para as universidades e institutos federais”, disse.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Marcelo Fonseca, informou que o acréscimo no orçamento faz com que a verba disponível volte ao patamar registrados antes de 2019.

Ele ressaltou a importância de a educação não sofrer mais com a falta de recursos. “Precisamos de contínuo e consistente financiamento, essenciais para que a gente possa pavimentar o nosso caminho para o futuro.”

O mesmo foi defendido pela presidenta do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Maria Leopoldina Veras. “Com essa recomposição, colocamos mais um tijolo nesse processo de reconstrução do país. Mas precisamos que esse tijolo se consolide. Ele é o início do recomeço, é nisso que nós acreditamos”, discursou. •

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