Gabriela Hardt, que autorizou operação sobre o suposto plano do PCC para matar Moro, atuou de maneira suspeita na Lava Jato. Foi a juíza que condenou Lula

PROTEÇÃO Gabriela Hardt, juíza que assumiu no passado o lugar de Moro, é quem está à frente da ação que apura o suposto atentado do PCC ao ex-juiz

Há duas semanas, a mídia explodiu nas manchetes na terça, dia 22, uma operação da Polícia Federal, autorizada pela Justiça Federal do Paraná, sobre um suposto caso de atentado do PCC contra o senador Sérgio Moro (UB-PR), entre outras autoridades, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A juíza que deu o aval para a operação policial é Gabriela Hardt. Ela levabntou o sigilo da operação no mesmo dia que Lula deu a entrevista ao Brasil 247, questionando a conduta de Moro à frente da 13a. Vara da Justiça Federal.

Em 2021, diálogos que faziam parte da Vaza Jato e foram avaliados pelo Supremo Tribunal Federal na chamada Operação Spoofing, sobre o conluio entre procuradores federais e o juiz federal para condenar Lula sem provas em 2018, mostraram que Deltan Dallagnol fez uma “combinação” com Gabriela Hardt.

Em conversas com procuradores, em 19 de dezembro de 2018, oi então coordenador da Lava Jato mencionava a criação de uma “planilha Google” na qual seriam relatadas as prioridades do órgão acusador, inclusive com a classificação de prioridade. A juíza condenou Lula a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação penal relativa ao sítio Santa Bárbara, na cidade de Atibaia, em 6 de fevereiro de 2019.

“Gente, importante: 1) Gabriela não sabe o que é prioridade. Há 500 processos com despacho pendentes e não sabe o que olhar. Combinei de criarmos uma planilha google e colocarmos o que é prioridade pra gente. Quem quiser que suas decisões saiam logo, favor criar e indicar os autos, prioridade 1, 2 ou 3 e Sumário ao lado, e me passar o link para eu passar pra ela”, diz a mensagem.

A Operação Vaza Jato revelou que, no auge do Golpe de 2016, a Lava Jato atuou combinando as movimentações diretamente com Sérgio Moro. E depois continuou combinando com Gabriela Hardt no caso de Atibaia. Como Moro já havia anunciado que iria para o governo Bolsonaro, convidado entre os dois turnos, foi ela quem assumiu os casos pendentes. Os processos acabaram anulados pelo Supremo. •

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