Na viagem à China, o presidente Lula também irá à gigante de telecomunicações Huawei, e deve visitar as sedes e se reunir com os presidentes da BYD, montadora de carros elétricos, da State Grid, de energia, e da construtora China Communications Construction Company (CCCC). A visita à Huwaei pode melindrar a Casa Branca, que considera a empresa um problema.

Durante o governo Bolsonaro, os Estados Unidos pressionaram o Brasil a vetar a Huawei do fornecimento de equipamentos para operadoras disputando o leilão do 5G, realizado em 2021. Os americanos argumentam que as redes da Huawei não têm segurança e podem ser alvo de espionagem, com a empresa compartilhando os dados com o governo chinês. Mas o governo brasileiro resistiu e não excluiu a gigante chinesa.

Países como Reino Unido, Suécia, Japão, Austrália e Canadá impuseram restrições à empresa. Sanções de Washington também impedem empresas americanas de exportar componentes para a Huawei.

Na minuta do memorando com o Ministério das Comunicações constam apenas as diretrizes da parceria voltada às tecnologias de comunicação em quinta e sexta gerações (5G e 6G), além de cooperação para o desenvolvimento de sistemas de proteção de dados.

O plano de ação será definido depois da assinatura do documento por técnicos da pasta e da Anatel. Esses foram justamente os pontos que o governo Bolsonaro vetou durante os preparativos do leilão de 5G.

Agora, Lula retoma a parceria para avançar no desenvolvimento de tecnologias comuns aos dois países, tanto na parte de hardware (equipamentos de redes de telecomunicações), quanto de software (soluções de rede). •

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