Novo Bolsa Família começou a ser pago e vai beneficiar 21,9 milhões de famílias. Além dos R$ 600, programa vai destinar mais dinheiro para quem tem filho

O governo Lula começou a pagar na última segunda-feira, 20, o novo benefício do programa Bolsa Família, que destina o mínimo de R$ 600 por família, mais R$ 150 extras para cada criança de até 6 anos. Ao todo, 8,9 milhões de crianças serão beneficiadas. Com isso, o programa tem investimento do governo federal de R$ 14 bilhões. E o valor médio recebido pelas famílias saltou de R$ 606,91, em fevereiro, para R$ 670,33.

Além do pagamento extra de R$ 150 por filhos de até seis anos, a previsão é de que a partir de junho será pago o valor extra de R$ 50 para grávidas e por filho entre sete e 18 anos. O programa social atende famílias com renda per capita de até R$ 218 por pessoa, classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza. Hoje, 21,9 milhões de famílias estão incluídas no programa.

Têm direito a entrar no programa as famílias que estejam no Cadastro Único e tenham renda mensal de até R$ 218 por pessoa. Essa renda mínima é maior que a utilizada pelo governo anterior para incluir as pessoas no Auxílio Brasil (R$ 210).

Graças à revisão do CadÚnico, o governo federal identificou 694 mil famílias que tinham direito, mas estavam fora do programa. Elas passam a receber o benefício. Já outras 1,5 milhão que não se enquadram na faixa de renda foram retiradas, abrindo espaço para quem mais precisa.

O Bolsa Família vai completar 20 anos em outubro. O programa foi criado no primeiro governo Lula em 20 de outubro de 2003, por meio da Medida Provisória 132. Anos mais tarde, o programa receberia importantes prêmios internacionais, seria copiado por dezenas de países, incluindo alguns ricos, como a Itália, e ajudaria o Brasil a sair do Mapa da Fome, feito alcançado em 2012 e confirmado pela ONU em 2014. •

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