O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, liderado por Sílvio Almeida, está dando sua contribuição no esforço de combater o discurso de ódio. “O ódio está levando o mundo para um buraco e a solução envolve aspectos educacionais”, diz o ministro. “Fake news só ocorrem se houver um terreno fértil e esse terreno se manifesta a partir do ódio contra as mulheres, negros, LGBTQIA+, indígenas e outros. Estamos trabalhando em políticas capazes de desradicalizar e minar o discurso do ódio que se formou.

Liderado por Manuela Dávila, candidata a vice-presidente nas eleições de 2018 na chapa encabeçada por Fernando Haddad e ex-deputada federal pelo PCdoB, um grupo de trabalho vai estudar estratégias de rede e propor ações que coíbam as agressões, ameaças e o extremismo largamente disseminadas nas redes sociais.

Composto por 29 membros, parte deles do próprio ministério, o grupo de trabalho tem representantes da sociedade civil e de movimentos sociais por direitos humanos, contra a discriminação e o preconceito. Velhos e novos combatentes das redes sociais, como o youtuber Felipe Neto e a ativista digital Lola Aronovich, foram chamados por sua experiência como produtores de conteúdo e conhecedores das dinâmicas de adesão e engajamento a causas, mas também por serem alvos de ataques.

Caso também da jornalista da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello, alvo de ofensas diretas do ex-presidente Jair Bolsonaro e da horda bolsonarista por sua investigação sobre o esquema de distribuição de fake news pela campanha líder da extrema-direita em 2018 e do epidemiologista Pedro Hallal, crítico da condução negacionista da gestão do antigo governo durante a pandemia.

Integram ainda o grupo de trabalho  representantes da Advocacia Geral da União, da Secretaria de Comunicação Social (Secom-PR) e dos ministérios da Educação, da Igualdade Racial, das Mulheres e dos Povos Indígenas. A ideia é que nenhuma das formas de violência provocadas por discriminação e preconceito sejam esquecidas. •

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