Ícone do cinema e símbolo sexual dos anos 60 e 70, Raquel Welch foi uma das mais belas atrizes do século 20

Uma das mais lindas mulheres do século 20, Raquel Welch, a atriz de cinema que se tornou o primeiro grande símbolo sexual americano nos anos 1960, morreu na quarta-feira, 15, em sua casa em Los Angeles. Ela tinha 82 anos. Sua morte foi confirmada por pelo filho Damon Welch. Nenhuma causa foi dada.

O sucesso de Raquel Welch em Hollywood começou com o filme “One Million Years BC” (1966), em que a estrela surgia como uma mulher das cavernas da era do Pleistoceno, posando em uma paisagem rochosa pré-histórica, vestindo um biquíni esfarrapado de pele de corça. Ela tinha 26 anos. Fazia quatro anos desde que Marilyn Monroe tinha morrido, e a indústria precisava de uma deusa.

Camille Paglia, a implacável crítica feminista, descreveu a fotografia do pôster como “a imagem indelével de uma mulher como rainha da natureza”. Raquel Welch era “uma leoa – feroz, apaixonada e perigosa fisicamente”.

Quando a Playboy, em 1998, nomeou as 100 estrelas femininas mais sexies do século 20, Welch ficou em terceiro lugar, atrás de Marilyn Monroe e Jayne Mansfield. Brigitte Bardot foi a quarta. Sua beleza magnética e corpo de formas estonteantes provocaram paixões febris ao longo de três décadas. Raquel Welch foi uma estrela e ganhou um Globo de Ouro por seu papel na adaptação de Richard Lester, de 1973, de “ Os Três Mosqueteiros ”.

Apesar de uma carreira baseada em grande parte no apelo sexual, a atriz repetidamente se recusou a aparecer nua na tela. “Pessoalmente, sempre odiei me sentir tão exposta e vulnerável” em cenas de amor, escreveu em suas memórias, observando que mesmo quando surgiu em um filme de prestígio da Merchant Ivory (“The Wild Party”, 1975), os cineastas a  pressionavam a fazer uma cena nua, sem sucesso.

Os críticos foram muitas vezes indelicados. Ao longo de sua carreira, a atriz foi publicamente admirada mais por sua anatomia do que por suas habilidades dramáticas. Ela até chamou seu livro de 2010, um livro de memórias e guia de autoajuda, “Além do decote”. “Eu definitivamente usei meu corpo e apelo sexual de forma vantajosa em meu trabalho, mas sempre dentro dos limites”, disse. Mas, acrescentou: “Reservo algumas coisas para minha vida privada e elas não estão à venda”.

Jo-Raquel Tejada nasceu em Chicago em 5 de setembro de 1940, a mais velha dos três filhos de Armando Carlos Tejada, engenheiro aeronáutico boliviano, e Josephine Sarah (Hall) Tejada, americana de ascendência inglesa. Eles se conheceram como estudantes na Universidade de Illinois. Quando Raquel tinha 2 anos, a família mudou-se para o sul da Califórnia para o trabalho de seu pai no esforço de guerra. •

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