Moraes analisa pedido para impedir posse de deputados envolvidos nos atentados de 8 de janeiro. Em outra frente, AGU pede bloqueio de bens de envolvidos nos atos contra democracia

O cerco continua se fechando contra os golpistas envolvidos nos atentados de 8 de janeiro em Brasília, quando milhares de radicais de extrema-direita invadiram as sedes dos Três Poderes da República e deflagraram um quebra-quebra generalizado. O ministro Alexandre de Moraes avalia o pedido do Prerrogativas para impedir a posse de 11 deputados bolsonaristas que estiveram apoiando os atos contra a democracia.

A Procuradoria Geral da República foi cobrada a se manifestar a respeito de um pedido de suspensão da posse dos deputados envolvidos na intentona da direita. A posse dos onze parlamentares eleitos está marcada para quarta-feira, 1º de fevereiro.

O envio do pedido à PGR é praxe e envolve André Fernandes (PL-CE), Carlos Jordy (PL-RJ), João Henrique Catan (PL-MS), Luiz Ovando (PP-MS), Marcos Pollon (PL-MS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Rafael Tavares (PRTB-MS), Sargento Rodrigues (PL-MG), Silvia Waiãpi (PL-AP) e Walber Virgolino (PL-PB).

Além da suspensão da posse, os juristas solicitam que seja determinada a instauração de inquérito policial para apuração da responsabilidade penal dos parlamentares.

Em outra iniciativa para responsabilizar os envolvidos nos ataques contra as instituições democráticas, a Advocacia Geral da União (AGU) solicitou que 42 pessoas presas em flagrante pelos atos terroristas de 8 de janeiro sejam incluídas no bloqueio de bens de R$ 18,5 milhões determinado pela Justiça Federal.

Até agora, o bloqueio já atinge 134 pessoas e sete empresas suspeitas de financiarem o transporte de manifestantes golpistas a Brasília. Os nomes dos alvos dos pedidos não foram divulgados. De acordo com a AGU, a lista foi elaborada a partir de documentos da Polícia Civil do Distrito Federal e de decisões do ministro Alexandre de Moraes. Ele decretou a prisão preventivas de 942 pessoas que haviam sido detidas em flagrante. •

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