Prisão de falso cacique foi estopim
O indígena José Acácio Serere Xaxante não é cacique e nem representa o povo xavante. Ele foi preso pela Polícia Federal na segunda-feira, 12, por liderar manifestações antidemocráticas e impedir a posse de Lula no dia 1º de janeiro. Serere se apresenta ainda como pastor e só chegou a Brasília depois de receber financiamento do produtor rural Maurides Parreira Pimenta, conhecido como Didi Pimenta.
Empresário do agronegócio em Campinópolis (MT), Didi gravou um vídeo feira admitindo ter financiado Serere Xavante, de 42 anos, a participar de manifestações em Brasília. O ruralista disse que, junto com outros fazendeiros, pagou os “oito ônibus” para transportar os indígenas”.
O cacique teve a prisão temporária de 10 dias decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Durante a diplomação de Lula, na segunda-feira, ele voltou a fazer manifestações antidemocráticas. Foi detido em seguida.
Segundo o STF, a prisão da decorreu da sua participação em manifestações golpistas em frente ao Congresso, no Aeroporto Internacional de Brasília, no Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde Lula e Geraldo Alckmin estão hospedados.
O falso cacique já foi preso por tráfico de drogas em 2008. Ele foi detido com cocaína e condenado a 4 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Em 2009, o Superior Tribunal de Justiça atendeu à defesa e decidiu tirá-lo do regime fechado, com base no Estatuto do Índio. •