A cantora Margareth Menezes foi convidada e aceitou o convite do presidente Lula para assumir o Ministério da Cultura, destroçado durante os governos Temer e Bolsonaro

O economista Aloizio Mercadante vai presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no próximo governo, anunciou o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça-feira, 13. Segundo Lula, o objetivo é reindustrializar o país e retomar o desenvolvimento econômico. Ele frisou que seu governo não privatizará empresas públicas.

Presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-ministro da Educação, Ciência e Tecnologia e Casa Civil nos governos Dilma, Mercadante deve se reunir com empresários e banqueiros do país nesta quarta-feira, 21, em São Paulo. O encontro será realizado pelo grupo Esfera Brasil. Devem participar o banqueiro André Esteves (BTG), Benjamin Steinbruch (CSN), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), e Rubem Ometto (Cosan).

Lula também convidou a cantora Margareth Menezes para assumir o Ministério da Cultura, extinto no governo Temer em decisão mantida pelo governo Bolsonaro. Ela própria confirmou o convite em entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil, sede da transição. Bem acolhida na classe artística, Margareth vem sendo bombardeada injustamente pela revista Veja, que alega dívidas da cantora com o setor público. Ela nega veementemente.

O mercado financeiro também criticou Mercadante por considerar que sua conduçao a frente do BNDES sinalizaria uma política econômica desenvolvimentista do governo eleito, com possível expansão do gasto público para impulsionar o crescimento.

Lula saiu em defesa do ex-ministro. Em conversas com aliados, disse que ele está sendo “perseguido”. Mercadante coordenou a formulação do programa de governo de Lula e foi o responsável pela coordenação técnica dos grupos que atuam no diagnóstico do governo federal na transição.

No futuro governo, o BNDES estará sob responsabilidade do recriado Ministério da Indústria e Comércio, que vai se tornar uma pasta poderosa e cobiçada por aliados. O ministério também deve herdar questões relacionadas ao planejamento futuro, que normalmente ficariam a cargo do também recriado Ministério do Planejamento. Haverá, ainda, o Ministério da Fazenda, que será ocupado por Fernando Haddad. •

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