Sob Lula, a Petrobrás reduz em 4,66% as tarifas do combustivel nas refinarias, que passam a comprar a R$ 2,66 o litro. Queda de R$ 0,13 reduz item ao menor patamar desde junho de 2021. FGV aponta que corte deve puxar inflação para baixo

Com cinco meses e meio de administração, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva coleciona boas notícias na economia, dia após dia. Para não perder o costume, o país fechou a última semana com mais outra boa nova: a redução do preço da gasolina, determinada pela Petrobrás na quinta-feira, 15. O litro do combustível passa a valer R$ 2,66 nas refinarias.

Antes estabelecido em R$ 2,78, o litro teve uma queda de R$ 0,13, o que corresponde a 4,66%. É o menor patamar desde junho de 2021. O corte se segue ao anunciado em maio pela estatal, no valor de R$ 0,40, confirmando o novo direcionamento da Petrobrás após o fim do famigerado Preço de Paridade de Importação (PPI), que dolarizava o preço dos combustíveis.

“Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia destaca que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”, aponta nota divulgada pela empresa.

A queda no preço dos combustíveis deve ter impacto positivo na inflação até o mês de junho. A estimativa foi confirmada pela Fundação Getúlio Vargas, após o anúncio feito pela Petrobrás. Segundo o economista da FGV André Braz, como o corte foi anunciado no meio de junho, até meados de julho, a inflação pode sofrer uma redução de 0,8%.

O preço dos alimentos também deve contribuir para uma desaceleração no índice geral da inflação em 2023, apontam especialistas. A ponto de o ano fechar com a menor inflação de alimentos em seis anos. Segundo o IBGE, projeções indicam para uma inflação de cerca de 3% ou menos para alimentação em domicílio no acumulado de 2023 do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Do mesmo modo, em junho houve deflação no atacado no Índice Geral de Preços–10, o chamado IGP-10. Segundo a FGV, a taxa teve queda de 1,53% em maio, mas recuou ainda mais em junho: 2,20%. Em 12 meses, a redução foi de 6,31%, a mais forte da série histórica. Em junho de 2022, o IGP-10 foi de 0,74%, acumulando elevação de 10,40% em 12 meses. •

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