Na primeira agenda internacional, Lula se encontra com negociadores e faz escala em Lisboa para se reunir com autoridades

 

A primeira viagem internacional de Lula depois do segundo turno das eleições foi um êxito para o esforço de mostrar ao mundo que o Brasil mudou e não seguirá mais isolado na comunidade internacional. Durante os encontros que manteve no Egito, Lula teve tempo para conversar longamente com alguns dos principais negociadores sobre o acordo do clima na reunião da COP27. E ainda fez uma escala na volta ao Brasil para encontros com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro António Costa.

Ele esteve reunido com a autoridade climática do governo dos EUA, John Kerry, e Xie Zhenhua, da China. Também se reuniu com a ministra para Transição Ecológica da Espanha, Teresa Ribera, e com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterrez. “O Brasil também sentia saudades do mundo. Estamos de volta, para ajudar no combate à fome e a crise climática”, disse. Lula recebeu garantias da retomada do financiamento do Fundo da Amazônia. Ele se reuniu com a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, e com o ministro do Clima norueguês, Espen Barth Eide.

Lula ainda manteve compromissos com representações da sociedade civil brasileira e reuniu-se com os governadores da Amazônia Legal. Nos encontros, mostrou que o país vive novo tempo, está disposto a ouvir e dialogar e conta com a participação de todos para a retomada do desenvolvimento brasileiro. “Temos muitos desafios e com a ajuda de todos vamos reconstruir o Brasil”, declarou.

Ele anunciou no Egito que o novo governo terá espaço os povos indígenas. “Quero que indígenas brasileiros participem da governança do país. Por isso estou criando o Ministério dos Povos Originários”, ressaltou. “A Funai não precisa ser dirigida por um branco”. Lula afirmou que tem “consciência moral e ética” de que é preciso ajudar na reparação pelo que fizeram com os povos indígenas no Brasil. •

`