O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, esteve em Brasília para encontros de alto nível com a cúpula do governo Brasil. Ele se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, e também como chanceler Mauro Vieira.

Os dois chefes da diplomacia se encontraram na Índia, em março, e, de acordo com o Itamaraty, discutiram os principais temas da agenda bilateral e multilateral e analisaram as perspectivas da guerra na Ucrânia. Ainda em março, o embaixador Celso Amorim, assessor especial de Lula, esteve em Moscou e encontrou-se com Vladimir Putin.

A viagem de Lavrov ocorre em meio à defesa que Lula tem feito de uma mediação conduzida por vários países, entre eles a China, aliada próxima à Rússia, para pôr fim à guerra na Ucrânia. A proposta do petista de criar um “clube da paz” para negociar o fim da guerra é um dos temas das conversas.

Durante viagem oficial de Lula à China, os governos brasileiro e chinês publicaram nota conjunta. Entre outros pontos abordados, como a soberania de Taiwan, a declaração ressalta que os países países entendem que “diálogo e negociação são a única saída viável para a crise na Ucrânia“.

A visita de Lavrov é observada com atenção pela diplomacia dos EUA, que considera excessivos os sinais de aproximação do Brasil com a Rússia. A Casa Branca avalia que parte disso se deve à dependência do fornecimento de fertilizantes russos no Brasil. •

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