Campanha Nacional do Desarmamento 2011: Tire uma arma do futuro do Brasil
Com o slogan “Tire uma arma do futuro do Brasil”, foi iniciada nesta sexta-feira (6/5) a Campanha Nacional do Desarmamento 2011. O objetivo é mobilizar a sociedade brasileira para retirar de circulação o maior número de armas de fogo possível e contribuir para a redução dos índices de violência.
Para estimular e facilitar o recolhimento, a campanha apresenta quatro novidades: o anonimato para quem entregar a arma; a inutilização da arma já no ato da entrega; a agilidade no pagamento da indenização, realizado no máximo até 30 dias após a entrega; e a ampliação da rede de recolhimento para além das delegacias da Polícia Federal.
Ao todo, a campanha do desarmamento conta com investimento de R$ 10 milhões em ações para o recolhimento das armas e o pagamento das indenizações. Ainda nesta sexta-feira, em Volta Redonda (RJ), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, acompanhará a destruição de mais de mil armas de fogo que já foram recolhidas pelo Exército Brasileiro.
Nas duas campanhas anteriores, foram recebidas 550 mil armas de fogo e, a meta do governo este ano é superar esta marca. Estudos como o Mapa da Violência, divulgado em fevereiro deste ano pelo Ministério da Justiça (MJ), apontam redução da violência e queda nos índices de homicídio no período das campanhas, com diminuição de até 50% do índice de mortes em algumas regiões.
Mídia – Segundo o MJ, a premissa dessa campanha é a boa fé de quem possui ou é proprietário de arma de fogo e decide entregá-la à Polícia Federal ou a um posto de recolhimento credenciado.
Para sensibilizar a sociedade a entregar as armas de fogo, foi criada campanha de utilidade pública que conta com a locução do ator Wagner Moura, que deu voz, literalmente, ao slogan: “Tire uma arma do Brasil”.
Essa primeira fase conta com um filme para TV (versões de 30” e 15”), que resgata imagens da campanha de 2008 realizada pelo Ministério da Justiça e um spot de rádio. Ambos com a locução de Wagner Moura, que abriu mão de receber cachê.
A veiculação das peças no rádio e na TV também serão gratuitas, com o apoio das principais redes e emissora do País.
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Sobre o tema, leia também:
– O oportuno debate sobre o desarmamento, por Adriana Loche
– Desarmamento e o papel do Estado, por Paulo Pimenta
– As reações ao massacre na escola do Rio, por Elói Pietá