No mercado de trabalho, nada a comemorar
O governo comemorou que em fevereiro de 2019 houve um saldo de 173 mil novos postos de trabalho, que veio acima do esperado pelos especialistas e o maior para um fevereiro desde 2014.
No entanto, o estoque do emprego formal em fevereiro de 2019 (38,6 milhões) atingiu níveis semelhantes ao estoque do emprego formal em fevereiro de 2012 (38,2 milhões). Ou seja, enquanto a população cresceu nos últimos sete anos, o nível de empregos formais não acompanhou. O ápice deste número, para um mês de fevereiro, foi em 2015, em que chegou a 40,7 milhões.
Além disso, a pesquisa da Pnad Contínua, que é mais ampla e pesquisa não só a geração de emprego formal mas também a informalidade, a desocupação e a subutilização, mostra que há no Brasil cerca de treze milhões de desocupados, valor que aumentou muito desde 2015 e permanece altíssimo, atingindo milhões de famílias brasileiras. Com o aumento da desocupação, da informalidade e do “empreendedorismo” por necessidade que se percebe nas ruas, em especial nas grandes cidades, não há nada a comemorar.