Estado de exceção nas Filipinas
Menos de um dia após a celebração do aniversário de 20 anos do movimento popular que derrubou a ditadura Marcos no dia 24 de fevereiro de 1986, a Presidenta Gloria Arroyo decretou Estado Nacional de Emergência com o apoio do exército visando neutralizar toda a oposição, desde a política expressa no parlamento e nas ruas, até a oposição armada do grupo comunista “Exército do Povo” que após um razoável período de retração de suas atividades voltou à cena.
Menos de um dia após a celebração do aniversário de 20 anos do movimento popular que derrubou a ditadura Marcos no dia 24 de fevereiro de 1986, a Presidenta Gloria Arroyo decretou Estado Nacional de Emergência com o apoio do exército visando neutralizar toda a oposição, desde a política expressa no parlamento e nas ruas, até a oposição armada do grupo comunista “Exército do Povo” que após um razoável período de retração de suas atividades voltou à cena.
O momento foi escolhido de propósito uma vez que todos os grupos progressistas estavam engajados nas manifestações de comemoração do fim da ditadura, sendo fáceis de serem identificados e detidos. Diversos parlamentares, sindicalistas e ativistas da oposição foram presos sem acusação formal e pelo menos um jornal foi ocupado pela polícia. Posteriormente, o governo emitiu a “Ordem Geral No 5” para restaurar a “paz e a ordem” que, como nos tempos de Marcos, foi novamente interpretada pelo exército e pela polícia como uma proibição para a realização de manifestações, mesmo as pacíficas.
As organizações democráticas nas Filipinas apelam às organizações similares em todo o mundo para que convençam seus respectivos governos a não reconhecer esta medida tomada pela presidenta Arroyo e para pressionar o governo filipino a restaurar a ordem democrática.