FPA Informa 184 – Apesar de negativa, produção industrial supera expectativas do mercado

 

184

01 de agosto de 2014
ECONOMIA NACIONAL
Apesar de negativa, produção industrial supera expectativas do mercado: A produção industrial brasileira registrou queda de 1,4% no mês de junho, influenciada pelo menor número de dias úteis decorrentes dos feriados para a Copa do Mundo. A queda foi bastante inferior àquela prevista por analistas de mercado, que esperavam em média uma queda de 2,4% no mês. Do ponto de vista da composição, a queda se concentrou no setor de bens de capital (-9,7%) e bens duráveis (-24,9%), com destaque para a queda de atividade no setor automotivo (-12,1%). No dado trimestral móvel, a queda da indústria é de 0,9%, sendo que na comparação com junho de 2013 a queda já soma 6,9%.
Comentário: O mau desempenho da indústria reflete em parte o pessimismo de parcela expressiva do empresariado, contaminada pelo período eleitoral, e em parte a crise ainda vivida pelos nossos parceiros comerciais, sejam europeus ou latino-americanos. As condições para a ampliação da produção ainda encontram obstáculos no aumento da taxa de juros (que encarece o crédito e contém a demanda) e na ainda valorizada taxa de câmbio brasileira, que retira competitividade dos produtos nacionais. No caso específico do mês de junho, o excesso de feriados devido à realização da Copa do Mundo e o agravamento da crise argentina (principal mercado consumidor dos automóveis brasileiros) reforçou a trajetória negativa da indústria, que tende a se recuperar nos próximos meses, seja pelo aumento dos dias úteis, pela base de comparação baixa ou  pela recuperação da confiança do consumidor nacional, que tende a sustentar a demanda interna em níveis elevados. A crise argentina recente, porém, pode continuar prejudicando o setor automobilístico, que possui grande impacto na indústria total.
AGENDA DO DIA
EVENTO HORÁRIO ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
Produção industrial/Brasil 9h IBGE
Taxa de desemprego/EUA 9h30 Sec. Do trabalho
PMI industrial/EUA 10h45 Markit
Análise: Guilherme Mello, Economista
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