Atriz subiu ao palco de uma das maiores premiações do cinema por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”

Desde o final da noite deste domingo (5), milhares de brasileiros e brasileiras têm usado as redes sociais para reiterar o lema “Ditadura Nunca Mais”. A razão, desta vez, foi gerada por um motivo nobre e inédito: o prêmio de melhor atriz conquistado por Fernanda Torres no Festival Globo de Ouro de Cinema, um dos mais prestigiados do mundo.

A atriz levou a estatueta por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles. No filme ela é Eunice Paiva, esposa do engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva, assassinado num quartel militar por agentes do golpe.

A vitória consagra também o trabalho da Comissão Nacional da Verdade, criada pelo governo Dilma Rousseff, em 2011, para ouvir as vítimas e intimar os criminosos do golpe militar, e responsável por tornar possível a publicação do livro no qual o filme é baseado, assinado pelo filho do político, o escritor Marcelo Rubens Paiva.

Para a Fundação Perseu Abramo, o reconhecimento de Fernanda Torres deve jogar ainda mais luz sobre o intenso trabalho realizado nas últimas décadas para documentar o triste legado do período e também a luta para desvendar o destino de centenas de vítimas como Rubens Paiva, Wladimir Herzog entre tantos outros brasileiros e brasileiras.

Com Ainda Estou Aqui e Fernanda Torres, o país reitera seu compromisso com a democracia e com a liberdade. De quebra, coloca a produção audiovisual do país no topo do mundo.