Presidente reivindica a inserção dos países em desenvolvimento na Quarta Revolução Industrial. Ele esteve em Havana para participar da Cúpula do G77 + China

G77 + China: Lula condena embargo a Cuba 
16.09.2023 – Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante Cúpula do G77 + China Palácio de Convenções de Havana. Havana – Cuba Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o embargo econômico imposto a Cuba pelos Estados Unidos, bem como a entrada da ilha na lista dos países que patrocinam o terrorismo. Ele esteve no sábado, 16 em Havana, para participar da reunião de Cúpula dos Chefes de Estado e Governo do G77 + China,   considerado o principal instrumento de coordenação multilateral dos países em desenvolvimento dentro da ONU.

“Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, disse. Ele agradeceu a hospitalidade do povo cubano e declarou seu apoio à ilha. A última vez que ele esteve em Cuba foi no velório de Fidel Castro, em dezembro de 2016. 

“É de especial significado que, neste momento de grandes transformações geopolíticas, esta cúpula seja realizada aqui em Havana. Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, declarou.

Em seu discurso no plenário do G77,  Lula ressaltou temas caros para o Brasil e o mundo, como revolução digital, transição energética, industrialização sustentável. Ele também voltou a cobrar dos países ricos o financiamento prometido para que as nações em desenvolvimento possam trabalhar com mais eficiência no combate às mudanças climáticas.

“A emergência climática nos impõe novos imperativos, mas a transição justa traz oportunidades. Com ela, podemos ter ar mais limpo, rios sem contaminação, cidades mais acolhedoras, comida de qualidade na mesa, empregos dignos e crianças mais saudáveis”, frisou. Lula lembrou que o peso da atuação dos países ricos nas mudanças climáticas em curso no planeta não é o mesmo de várias outras nações em desenvolvimento.

“Não temos a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global. O princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas permanece válido. É por isso que o financiamento climático tem de ser assegurado a todos os países em desenvolvimento, segundo suas necessidades e prioridades. No caminho entre a COP28, em Dubai, e a COP30, em Belém, será necessário insistir na implementação dos compromissos nunca cumpridos pelos países ricos”, destacou. •