O Boletim de Análise da Conjuntura  editado pela Fundação Perseu Abramo chega à edição de novembro com artigos que tratam dos impasses que existem pelo caminho do governo Bolsonaro e de como o presidente e seus ministros procuram, pela via da imposição de maiores perdas à maioria da população, manter relevância. Para um panorama da edição, leia a Apresentação.

Na seção Estado, o Boletim é taxativo ao analisar o Plano Brasil Mais, apresentado pelo ministro da Economia: Paulo Guedes mente. O plano também é objeto da seção Federalismo, que mostra como prefeituras ao redor do país serão duramente castigadas caso as propostas sejam aprovadas. Mas o texto prevê forte oposição dos municípios.

Na análise de Economia, é apresentada a nova versão de analistas de mercado e comentaristas da mídia convencional para o fracasso dos modelos neoliberais, seja em países distantes ou próximos: gradualismo na aplicação das receitas, que deveriam ser impostas de maneira rápida e sequencial. Foi assim que Guedes tentou fazer com sua reforma administrativa, na verdade mais um capítulo na tentativa de desmonte do Estado e das políticas sociais, como mostra a seção Política e Opinião Pública. No entanto, essa e outras medidas devem ser adiadas, pois a libertação de Lula e as mobilizações populares nos paízes vizinhos, temas analisados pelas seções Judiciário e Internacional, assustaram o governo.

Governo que também não conseguiu avançar nas propostas para segurança, apresentadas pelo outrora badalado ministro Sérgio Moro. Como mostra a seção Segurança Pública, o ano de 2019 não foi bem como ele desejava.

Infelizmente, para os trabalhadores e trabalhadoras 2019 tampouco foi um ano bom. As seções Social e Territorial expõem as mazelas causadas por um governo que prioriza a retirada de direitos e a destruição do patrimônio econômico e natural do país.

Enquanto isso, os Movimentos Sociais brasileiros permanecem em busca do vigor que parece oculto, como mostra a seção que trata do tema. Na seção Periferias, o olhar da análise se volta para as profundas desigualdades que assolam as populações negras e periféricas, a despeito da notícia que confirma aumento do acesso à universidade pública.

A edição de novembro do Boletim de Análise da Conjuntura, de número 42, foi produzida logo depois da libertação de Lula. Como mostram as seções Comunicação e Política e Opinião Pública, a presença dele nas ruas já provoca alterações grandes no jogo político.

 

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