Pesquisa CNT/MDA confirma possibilidade de Dilma vencer eleição no primeiro turno

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19 de fevereiro de 2014
 
POLÍTICA NACIONAL
Pesquisa CNT/MDA confirma possibilidade de Dilma vencer eleição no primeiro turno: A nova rodada da pesquisa CNT/MDA divulgada na tarde de ontem confirma o favoritismo da presidenta Dilma Rousseff para o pleito eleitoral de 2014. Segundo o levantamento, se a eleição fosse hoje Dilma venceria as eleições ainda no primeiro turno, diante de qualquer combinação de adversários potenciais, confirmando o cenário já desenhado na pesquisa anterior, de novembro de 2013. No quadro mais provável, com Dilma, Campos e Aécio, a presidenta venceria com 43,7% dos votos (antes tinha 43,5%), contra 17% de Aécio (antes tinha 19,3%) e 9,9% de Eduardo Campos (antes tinha 9,5%). Quando o cenário é com Marina Silva no lugar de Campos, os resultados são de 40,7% para Dilma, 20,6% para Marina e 15,1% para Aécio. Em um eventual segundo turno, Dilma venceria todos seus adversários com larga vantagem. A notícia negativa para a presidenta fica por conta da avaliação do governo e de sua imagem pessoal. Em ambos os casos, verificou-se uma pequena oscilação negativa, com o governo apresentando 36,4% de avaliação positiva, contra 39% da pesquisa anterior. A aprovação pessoal da presidenta também caiu, de 58,8% na pesquisa de novembro para 55% na pesquisa atual. A margem de erro da pesquisa é de 2,2%.
Comentário: A pesquisa da CNT indica que o cenário “pré-eleitoral” permanece basicamente inalterado desde novembro, com pequenas variações nas intenções de voto. Este resultado é bastante positivo para a presidenta Dilma, que se mantém como favorita para o pleito, mas isso não reflete necessariamente o que ocorrerá quando as eleições e os programas eleitorais realmente chegarem ao dia a dia dos brasileiros. A queda na aprovação do governo pode ser algo meramente conjuntural, dada a postura oposicionista assumida por boa parte da imprensa nacional, particularmente a respeito da condução da política econômica. Para garantir, no entanto, uma reeleição sem maiores sobressaltos, é recomendável ao governo recuperar sua popularidade para patamares próximos de 40% de aprovação. A manutenção de baixos índices inflacionários e estabilidade de emprego e renda deve garantir um cenário propício para tal recuperação na popularidade do governo, que poderá ser reforçada com os resultados positivos de programas sociais como o “Mais médicos”, “Minha casa minha vida” e o “Pronatec”.
ECONOMIA NACIONAL
IGP-M do segundo decêndio de fevereiro apresenta desaceleração:A inflação registrada pelo IGP-M apresentou desaceleração na segunda medição para o mês de fevereiro, que compreende o período entre o dia 21 do mês anterior e dia 10 do mês atual, segundo divulgou hoje pela manhã a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice registrou alta de 0,24% contra elevação de 0,46% no mesmo período de janeiro, sendo que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% dos IGPs, subiu apenas 0,06% ante os 0,36% de janeiro. Mesmo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% dos IGPs, que havia apresentado ligeira alta na medição do IGP-10, desacelerou de 0,73% para 0,64% na última leitura, puxado por quedas expressivas nos grupos “alimentação” e “transportes”.
Comentário: A queda recente no conjunto dos índices inflacionários (seja os que medem a inflação no varejo ou no atacado), aliado à declaração do presidente do Banco Central Alexandre Tombini de que a taxa de inflação brasileira caminhará para o centro da meta nos próximos trimestres, reacende a expectativa de redução no ritmo de alta de juros pelo Banco Central. As expectativas de inflação devem se reduzir bruscamente caso o governo seja bem sucedido, ainda nesta semana, na comunicação de sua meta de superávit primário e na viabilidade de sua execução. Caso o mercado considere crível o anúncio do governo, afasta-se o risco de rebaixamento da nota soberana do país pelas agências de classificação de risco, o que deve dar novo impulso para a bolsa de valores, atrair novos investidores e debelar qualquer risco inflacionário decorrente de uma eventual depreciação cambial.
AGENDA DO DIA
EVENTO HORÁRIO ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
IGP-M 2° decêndio 8h FGV
Ata FOMC 16h FED
Análise: Guilherme Mello, Economista
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