IPC-S e IGP-10 caem, mas previsão para IPCA sobe na segunda leitura de fevereiro

FPA Informa 110

 

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17 de fevereiro de 2014
 
ECONOMIA NACIONAL
IPC-S e IGP-10 caem, mas previsão para IPCA sobe na segunda leitura de fevereiro: O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou queda na segunda semana de fevereiro em relação à semana anterior, avançando 0,78% contra 0,96% da primeira leitura do mês. O grupo “educação” continuou sendo o que apresentou maior alta no período, entretanto crescendo em um ritmo menor que o verificado na semana anterior (2,47% contra 3,71% da leitura anterior). O grupo alimentação contribuiu para a redução do ímpeto inflacionário, ao recuar de alta de 0,86% para 0,58% na segunda semana de fevereiro. O IGP-10, também divulgado hoje pela FGV, apresentou queda em fevereiro, passando de alta de 0,58% em janeiro para elevação de apenas 0,30% neste mês. A principal queda de preços verificada no período foi nos produtos agropecuários vendidos no atacado, que passaram de queda de 0,14% em janeiro para queda de 1,68% na medição de fevereiro. Além do IPC-S e IGP-10, foi divulgado hoje o Boletim Focus, onde o Banco Central recebe informações sobre as expectativas das instituições financeiras para o futuro da economia brasileira. Nesta edição do Focus, a expectativa média do mercado para o IPCA de 2014 passou de 5,89% para 5,93%, uma pequena alta em virtude da expectativa do impacto inflacionário da recente onda de calor. As estimativas para a inflação do grupo “top 5”, os cinco analistas que mais acertam em suas previsões, permaneceu a mesma, registrando expectativa de 5,86% para a inflação neste ano.
Comentário:: A queda nos índices inflacionários nas primeiras semanas de fevereiro é uma boa notícia, mas não impedirá que fevereiro registre um IPCA maior que janeiro, dado o impacto da alta dos preços do grupo “educação” no índice deste mês. De qualquer forma, a desaceleração dos IGPs sinaliza poucas pressões inflacionárias para os próximos meses, o que representa a manutenção da trajetória de queda da inflação no acumulado de 12 meses num futuro próximo. O maior risco à dinâmica inflacionária em 2014 continua sendo a questão cambial, pois dependendo do anúncio fiscal do governo e da postura das agências de classificação de risco em relação ao Brasil, uma nova rodada de desvalorização cambial não pode ser totalmente descartada. Tudo indica, no entanto, que o governo optará por uma meta fiscal robusta e crível, o que diminuirá muito a possibilidade de rebaixamento da classificação de risco do país, evitando assim uma fuga de capitais e a desvalorização cambial acentuada no curto prazo. Questões como o repasse dos custos energéticos (derivado do acionamento das usinas térmicas) e do aumento de combustíveis também deverão ter algum impacto na inflação até o final do ano, mas estes aumentos já estão incorporados nas atuais expectativas inflacionárias.
 
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Análise: Guilherme Mello, Economista
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