IBC-Br cresce 2,57% em 2013, apesar de recuo em dezembro
FPA Informa 109
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14 de fevereiro de 2014
ECONOMIA NACIONAL
IBC-Br cresce 2,57% em 2013, apesar de recuo em dezembro:O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) divulgado na manhã desta sexta-feira apresentou forte recuo em dezembro, caindo 1,35% em relação ao mês de novembro. Desta forma, o crescimento acumulado do último trimestre do ano teria se reduzido 0,17%. Apesar disso, o saldo do crescimento no ano de 2013 ainda é positivo, com a economia brasileira tendo se expandido 2,57%, em linha com a média das projeções dos analistas de mercado e do próprio Banco Central, que havia reduzido sua estimativa de crescimento para 2,3% no último relatório de inflação de dezembro.
Comentário: A retração do IBC-Br no mês de dezembro já era esperada após a divulgação, por parte do IBGE, dos dados acerca da produção industrial e do crescimento negativo do comércio para o mês. Os primeiros dados de janeiro indicam uma recuperação desses indicadores, o que pode indicar um primeiro trimestre mais dinâmico do que o último trimestre de 2014. Apesar do crescimento em 2013 poder ser considerado no máximo moderado, ressalta-se que a diferença entre a expansão do setor industrial (1,2%) e do varejo (4,3%) se ajustou, reduzindo seu diferencial no ano e apontando para uma reversão da realidade observada em 2011/2012, quando todo aumento de demanda era atendido pelo aumento das importações. Com a recente desvalorização cambial e a maturação de algumas políticas de estímulo à indústria, é possível vislumbrar uma gradual recuperação da competitividade do setor industrial e, portanto, um crescimento mais robusto do PIB, mesmo que acompanhado de taxas de crescimento do varejo mais modestas (na ordem de 4,5% a.a).
ECONOMIA INTERNACIONAL
Economia europeia cresce no último trimestre, mas tem retração no ano: Em um quadro inverso ao do PIB brasileiro, o crescimento do PIB na zona do euro foi positivo no último trimestre de 2013, mas negativa no acumulado do ano. O crescimento europeu foi de 0,4% em dezembro, totalizando uma expansão acumulada de 0,3% no último trimestre de 2013. No entanto, no acumulado do ano, o PIB da zona do euro apresentou retração de 0,4%, sendo que este índice cai para 0,1% se considerada toda a União Europeia. A aceleração do crescimento no trimestre final do ano foi puxada pela expansão mais acelerada nos PIBs da Alemanha (0,4%), França (0,3%) e Itália (0,1%), países com grande peso na composição do PIB da região.
Comentário: A tão falada “recuperação” europeia ainda caminha a passos bastante lentos. Puxada pela Alemanha, o bloco europeu ainda sofre com o elevadíssimo desemprego e as baixas taxas de crescimento do PIB, o que em grande medida é um reflexo das políticas de austeridade adotadas pelo bloco no imediato pós-crise. Aparentemente, a fase da depressão já passou, mas é difícil vislumbrar uma fase de recuperação rápida para o bloco como um todo, sendo mais simples pensar em um crescimento mais vigoroso de países como Alemanha e Inglaterra. Este fato, no entanto, apenas reforça as desigualdades e desequilíbrios da região, fato decisivo para a deflagração da crise e que se agravou nos últimos anos.
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IBC-Br
8h30
BACEN
PIB/Euroa
8h
Eurostat
Análise: Guilherme Mello, Economista
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