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Serra indica apoio a Aécio, enquanto Marina confirma Campos candidato: Aproximando-se do final do ano, as principais candidaturas oposicionistas vão se definindo, com a indicação dos prováveis nomes que encabeçarão as chapas presidenciais no ano de 2014. No caso do PSB, Marina Silva (principal força política alternativa do partido) afirmou em entrevista recente que o candidato do PSB deverá ser Campos, respeitando o acordo firmado quando de sua adesão ao Partido Socialista. Já no caso tucano, o presidenciável José Serra divulgou mensagem nas redes sociais afirmando que os dirigentes do partido deveriam formalizar “o quanto antes” o nome de Aécio Neves como candidato do partido à Presidência da República em 2014. No caso de Marina, o destino da potencial candidata deverá ser assumir a vaga de vice na chapa encabeçada por Campos, enquanto Serra poderá escolher entre o Senado e a Câmara caso queira disputar algum cargo no próximo ano.
Comentário: Ainda é cedo para afirmar com absoluta certeza que os principais candidatos oposicionistas serão representados por Campos e Aécio, mas tudo parece caminhar nesta direção. Após o impacto inicial da formalização da aliança entre Rede e PSB, os números de Campos e Marina apresentaram queda nas pesquisas eleitorais, no entanto há rumores de que a preferência por Campos cresce conforme o eleitor é informado de sua aliança com Marina. No PSDB, o desempenho de Aécio e Serra é muito similar nas pesquisas, sendo que Serra é mais conhecido e apresenta maiores níveis de rejeição do que o candidato mineiro, o que não recomendaria uma troca de nomes. Além disso, tanto Campos quanto Aécio são jovens políticos, pouco conhecidos e que possuem o controle de suas respectivas cúpulas partidárias: nada tem a perder apresentando seu nome para o eleitorado nacional, mesmo que não logrem vitória no pleito. No limite, se tornarão nomes conhecidos nacionalmente, construindo suas candidaturas para 2018.

IBC-Br surpreende e cresce 0,77% em outubro, acima das expectativas: Pela segunda vez no ano, a balança comercial brasileira apresentou resultado positivo no acumulado de 2013, registrando superávit de US$ 15 milhões. Este resultado foi obtido na segunda semana de dezembro, que registrou exportações de US$ 4.896 bilhões contra US$ 4,513 de importações, totalizando um saldo positivo de US$ 383 milhões. Apesar disso, a média diária de exportações nas duas primeiras semanas de dezembro (8%) é aquela verificada em dezembro de 2013, enquanto as importações cresceram 2,6%. A queda nas exportações ocorreu em todas as categorias, mas se concentrou na menor exportação de produtos básicos, que apresentaram redução de 15,6% na comparação com 2012, puxado por menores vendas de commodities.

Comentário: A balança comercial brasileira foi profundamente afetada neste ano pelo aumento nas importações (e queda nas exportações) de petróleo, o que fez com que o acumulado comercial no ano permanecesse deficitário na maior parte do tempo. Mesmo a safra recorde de grãos não foi suficiente para contornar este impacto negativo da “conta petróleo”, que afetou os dados externos brasileiros, levando o déficit em transações correntes para 3,5% do PIB. Considerando que a maior parte desta deterioração está ligada à produção petrolífera e que esta deve se recuperar gradualmente nos próximos anos (até 2017/18, quando o crescimento deverá se acentuar com a entrada em operação de diversos campos do pré-sal), é de se esperar um saldo positivo mais robusto na balança comercial em 2014, auxiliado também pela recuperação do crescimento internacional. Além disso, a iminência de novos acordos comerciais, tanto na Organização Mundial do Comércio (OMC) quanto no Mercosul com a União Europeia, pode servir de impulsionador do comércio externo brasileiro. Como ressalva, porém, deve-se considerar que as dificuldades de avanço nas negociações dentro do Mercosul (particularmente com a Argentina) e o crescente déficit comercial com os EUA (que buscam a retomada da produção industrial doméstica) podem afetar negativamente o ritmo de recuperação de nosso saldo comercial.
Análise: Guilherme Mello, Economista
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