Nova pesquisa Datafolha aponta possibilidade de Dilma vencer no primeiro turno.

 

 
Nova pesquisa Datafolha aponta possibilidade de Dilma vencer no primeiro turno: A nova pesquisa Datafolha para a eleição presidencial de 2014 indica que, dado o cenário eleitoral com as candidaturas de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), existiria hoje a possibilidade da presidenta Dilma Rousseff vencer as eleições ainda no primeiro turno. Dilma teria 42% dos votos, o que supera a soma de Aécio (21%) e Campos (15%), totalizando mais de 50% dos votos válidos. Em outros cenários, com a presença de Marina Silva e/ou José Serra como candidatos oposicionistas, a vantagem de Dilma se reduz, chegando a somar 37%, contra 28% de Marina e 20% de José Serra. O que levaria a eleição para segundo turno. No entanto, Dilma venceria, num eventual segundo turno, qualquer um de seus adversários, sendo o cenário mais apertado na disputa com Marina Silva, onde Dilma teria 47% das intenções de voto, contra 41% da ex-senadora. O Datafolha também pesquisou a influência dos apoios políticos aos candidatos na decisão dos eleitores; o ex-presidente Lula desponta como apoio positivo mais relevante, levando 38% dos eleitores a votarem na candidatura por ele apoiada. Já as influências negativas de FHC e Serra chamam a atenção, levando mais da metade dos eleitores a não votarem nos candidatos por eles apoiados. Destaca-se, por fim, o baixo conhecimento do eleitor sobre a figura de Eduardo Campos, com apenas 57% dos eleitores afirmando que o conhecem, contra 99% que conhecem Dilma, 98% que dizem conhecer Serra, 88% que conhecem Marina e 78% Aécio.
Comentário: A pesquisa Datafolha captou um momento particularmente positivo para as oposições, derivado de uma semana de intenso noticiário sobre a candidatura Campos/Marina, incluindo a utilização recente das oposições do horário eleitoral partidário. No caso particular de Eduardo Campos, a aliança com Marina Silva teve um impacto significativo, fazendo-o alcançar 15% nas intenções de voto depois de registrar entre 5% e 8% em pesquisas anteriores. Apesar disso, a mais forte dentre as candidaturas oposicionistas permanece sendo a de Marina Silva, mas Eduardo Campos pode crescer, dado seu baixo grau de conhecimento pelo eleitorado. Já a candidatura demotucana encara o desafio de dividir seu eleitorado com a candidatura Campos/Marina, que vem adotando um discurso idêntico ao propalado pelos tucanos no campo da economia, defendendo a redução do Estado e a volta ao tripé macroeconômico em sua modalidade tradicional. Os eleitores oposicionistas, liberais e/ou conservadores terão que se posicionar sobre qual candidatura melhor os representa, podendo gerar um cenário em que a candidatura do PSDB não consiga disputar o segundo turno. Do lado governista, a recuperação da popularidade de Dilma e do governo prossegue, apesar de que em ritmo menos intenso, sendo que o patamar de 40% das intenções de voto, ora computadas, garante com tranquilidade a candidatura presidencial num eventual segundo turno.

Confiança do comércio tem nova alta em setembro, diz FecomércioSP:A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomércioSP) divulgou nesta segunda-feira, 14, que o índice de confiança do empresário do setor comercial na cidade de São Paulo registrou alta de 2,7% frente ao mês de agosto, alcançando os 113,1 pontos (em uma escala de 0 a 200). O sub-índice que busca aferir a situação atual dos empresários, apresentou significativo avanço de 12,4%, mas mantem-se no campo pessimista com 88,2 pontos. Já as expectativas futuras tiveram alta mais modesta, de 1%, mas manteve-se plenamente otimista, com 145,9 pontos. A má notícia fica por conta da queda no sub-índice que busca aferir os investimentos futuros planejados, que apresentou queda de 2,1%, caindo de 107,5 em agosto para 105,2 pontos em setembro.

Comentário: O pessimismo exagerado, que tomou conta da alma dos empresários brasileiros na virada do primeiro para o segundo semestre, em grande parte alimentado por analistas econômicos catastrofistas e parte da mídia especializada oposicionista, não teve o impacto esperado nos números reais da economia, o que está gerando um movimento de gradual reversão das expectativas para o campo do otimismo. Os consumidores e empresários passaram a notar que sua situação atual não é tão ruim quanto alguns os fizeram crer, e que o futuro da economia brasileira não está fadado ao fracasso, haja vista o crescimento recente, a queda da inflação e a manutenção das taxas de desemprego em níveis historicamente baixos. Caso o governo obtenha sucesso nos leilões de concessão de infraestrutura e petróleo planejados para este ano, atraindo investidores privados nacionais e internacionais, é possível que as expectativas empresariais apresentem nova guinada positiva, abrindo a possibilidade de termos um ano de 2014 ainda mais pujante que o atual 2013.
Análise: Guilherme Mello, Economista
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