IPCA avança 0,35% em dia de Copom: O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,35% no mês de setembro, em linha com as expectativas de mercado. Este dado representa uma aceleração do índice frente ao mês passado – quando registrou elevação de 0,24% -, mas queda em relação a setembro do ano passado, quando o indicador marcou alta de 0,57%, e no acumulado de 12 meses, que agora caiu para 5,86%, já repetindo a inflação registrada nos doze meses completos em dezembro de 2012. Os grupos que mais pressionaram a alta da inflação foram transportes, saindo de uma deflação de 0,06% para uma alta de 0,44% (devido principalmente ao reajuste de preços das passagens aéreas, decorrente da desvalorização cambial), e habitação (saindo de alta de 0,57% para 0,62%, na esteira do aumento do indexador dos aluguéis, o IGP-M). Por outro lado, o grupo alimentação mantém uma trajetória comportada, com alta de apenas 0,14% em setembro (contra 0,01% em agosto), onde o feijão liderou a queda com deflação de quase 20%. O INCC, inflação que afeta as famílias com renda per capta menor que 5 salários mínimos, apresentou alta menor, de 0,27% em setembro, contra 0,63% em setembro do ano anterior. Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para discutir qual será a nova taxa de juros para a economia brasileira, com uma expectativa quase unânime de elevação de 0,5% na atual Selic.
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Comentário: A inflação está se comportando exatamente dentro das expectativas até o momento, acelerando em relação ao mês imediatamente anterior (devido a fatores sazonais que ocorrem todo ano, onde o ponto mais baixo da inflação é o meio do ano e acelera a partir de então), mas desacelerando no acumulado de 12 meses. A pressão nos preços no atacado, representada pelo aumento dos IGPs, deve afetar o IPCA até o final de 2013, mas dificilmente jogarão a inflação de 12 meses para uma trajetória novamente ascendente. É factível, portanto, um cenário onde 2013 termine com uma inflação menor do que a registrada em 2012, apesar de ainda haver riscos para o balanço inflacionário, particularmente advindo de um possível aumento no preço dos combustíveis ainda este ano. Diante deste cenário, é possível que o Banco Central do Brasil (Bacen) reduza o ritmo de aumento de juros na próxima reunião do Copom, em dezembro, aumentando a Selic em 0,25%, e encerrando 2013 com uma taxa de 9,75% ao ano. |
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