Cid e Ciro Gomes devem deixar o PSB, levando 52 aliados: O governador do Ceará, Cid Gomes, e seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes, devem anunciar oficialmente nesta quinta-feira, 26, a saída do Partido Socialista Brasileiro (PSB), liderado pelo governador Eduardo Campos. A saída dos irmãos está relacionada ao rumo que está tomando o partido em relação à eleição nacional de 2014. Enquanto os Gomes defendem uma aliança com o PT e com a presidenta Dilma Rousseff para sua reeleição, o PSB acena cada dia mais rumo ao lançamento da candidatura de Eduardo Campos à Presidência. Além de Cid e Ciro, outros 52 políticos aliados à família Gomes no Ceará devem deixar o PSB para outros partidos. O destino da maioria deve ser um dos novos partidos recém-criados, provavelmente o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), para evitar eventuais problemas jurídicos com o PSB, que poderia pedir os mandatos de volta, caso Gomes e seus aliados mudem para algum partido já existente.
Comentário: Além do Ceará, Eduardo Campos já enfrentou problemas no diretório do Rio de Janeiro, que também preferia uma aliança nacional com Dilma. Diante das resistências internas, a saída que Campos têm encontrado é intervir e mudar os diretórios estaduais, mesmo que isso cause a saída de diversos políticos aliados do PSB. A cada dia a candidatura de Eduardo Campos torna-se mais provável, mesmo diante dos baixos índices de apoio eleitoral verificados nas pesquisas de opinião e da debandada de aliados em alguns Estados da nação. Resta saber quais e quantos apoios Campos conseguirá angariar para alavancar sua candidatura, que pode ficar espremida entre as candidaturas governista e oposicionista.

Desemprego cai para 5,3% em agosto, segundo IBGE:A taxa de desemprego medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE registrou queda em agosto, saindo de 5,6% em julho para 5,3% no mês passado. Esta queda surpreendeu a maior parte dos analistas, que esperavam uma manutenção do desemprego em 5,6%, mas seguiu em linha com os dados divulgados na quarta, 25, pelo Dieese. Além da queda no desemprego, a PME mostrou avanço de 1,7% do rendimento médio real habitual do trabalho em comparação com julho, e de 1,3% em comparação com o mesmo mês de 2012. Os setores de saúde, educação e administração puxaram a criação de empregos no mês, abrindo 60 mil novos postos de trabalho, seguidos pela construção civil, que criou 39 mil novos empregos. Já o setor industrial fica como destaque negativo de mês, já que a indústria de transformação fechou 33 mil postos de trabalho no período, uma queda de 0,9% em relação ao mês anterior.

Comentário: Os dados do emprego e da renda divulgados hoje, 26, pelo IBGE corroboram àqueles divulgados ontem pelo Dieese, mostrando queda no desemprego e avanço da renda média no mês de agosto. Se considerarmos que, para a população em geral, as duas principais variáveis econômicas são o desemprego e a inflação, o terceiro trimestre de 2013 pode ser considerado, por hora, o melhor do ano. Apesar de provavelmente não apresentar taxas de crescimento do PIB tão elevadas quanto as verificadas no segundo trimestre (quando o PIB cresceu 1,5%), a desaceleração da inflação acumulada em 12 meses e a queda da taxa de desemprego são fatores importantes para a recuperação da confiança do consumidor, que pode dar um novo folego à demanda interna e garantir uma melhoria nas expectativas empresariais.
Análise: Guilherme Mello, Economista
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