Lula dá seu recado para o país e a oposição: passado o processo eleitoral, a fase é de muito trabalho

da redação

“… agora o problema do Brasil é de todos nós. Eu tenho a Presidência, mas todos os brasileiros e brasileiras têm a responsabilidade de dar a sua contribuição para que o Brasil não eprca mais uma oportunidade.” (trecho do pronunciamento de Lula, após ser delcarado novo presidente do país).

O recado de Lula para o país e a oposição foi claro: o processo eleitoral acabou. Começa uma nova fase para o Brasil, para os brasileiros e as brasileiras.

O segundo turno registrou uma escada impressionante com Lula largando na frente e recebendo o apoio de importantes setores que até então não haviam se engajado totalmente na campanha presidencial. Militantes saíram às ruas para convencer eleitores de que tão importante quanto o ato de votar, depositar o voto em Lula era a única alternativa para que o país desse um salto de qualidade em todas as áreas.

Movimentos sociais, intelectuais, políticos de diversas agremiaçôes empenharam-se para garantir a Lula a votação que lhe deu quase 61% dos votos. Em números, foram 58.294.988 de votos, contra 37.543.083 de Alckmin. No Nordeste, região que concentrou a maior votação em Lula, a quantidade de votos válidos recebidos por ele são esclarecedores. Somente para exemplificar: no Maranhão, Lula obteve 84,63% dos votos válidos; no Ceará, 82%; e na Bahia, 78%. Mas o crescimento não se concentrou no Nordeste: no Paraná, onde teve 37,90% dos votos válidos no 1° turno, subiu para 49,25%; em Minas Gerais, teve 50,80% no 1° turno, e 65,19% no 2°; e no Distrito Federal, de 37,05% no 1° turno, subiu para 56,96% no 2°.

Entre as razões que teriam levado a este resultado, cientistas sociais entrevistados pelos meios de comunicação apontam a maior exposição iniciativas do primeiro mandato, principalmente os programas sociais como o Bolsa Família, e o fato de Lula ter imposto a agenda política da campanha, principalmente com relação às privatizações.

A oposição, personificada na candidatura Alckmin, ficou na defensiva ao ser acusada de querer privatizar empresas como Petrobras e Banco do Brasil, além de ratificar reiteradamente que daria continuidade ao que Lula já vem fazendo, não apontando nenhuma inovação a partir de sua eleição. Além disso, buscou e recebeu apoios considerados desastrados por seus próprios correligionários, a exemplo do casal Garotinho. Alckmin perdeu também uma parcela de eleitores que pretendia conquistar, ou seja, aqueles no votaram no primeiro turno em Heloisa Helena e Cristovam Buarque, além de muitos votos dados a ele mesmo no primeiro turno.

Ana Júlia e Olívio

A vitória de Ana Júlia no Pará por quase 55% dos votos colocou fim a 12 anos de governo do PSDB no Pará. As alianças firmadas por Lula no Estado, a promessa de implementação da bolsa trabalho como complementar ao Bolsa Família e o trabalho da militância foram os principais fatores de levaram o povo do Pará a votar em Ana Júlia.

Já no Rio Grande do Sul, a forte campanha da militância petista e a subida nas pesquisas de opinião na reta final do segundo turno não foram suficientes para levar Olívio Dutra de volta ao governo do estado. O resultado final deu a Yeda Crusius 53,94% dos votos válidos contra 46,06% de Olívio.

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