Os desafios do Partido dos Trabalhadores
Alberto Cantalice em Carta ao Leitor
Pesquisa recente publicada pelo instituto Atlas Intel apontou o PT como o partido preferido por 34,6% dos eleitores brasileiros. Fruto da polarização política no país, os sem preferência partidária recuaram para 25% do eleitorado mesmo número obtido pelo PL bolsonarista. Os demais partidos: PSOL com 2,7%, o PSDB com 2,3%, Novo 1,5%, PCdoB 1,3 e PSD 1,0. Os demais partidos não atingiram 1,0%. A pesquisa abrangeu 2.122 em todas as regiões do país e foi a campo entre os dias 4 e 7 de março.
Apesar de alvissareiro, o resultado para nós petistas se reveste de uma responsabilidade ímpar: como transformar a simpatia popular em votos para o Congresso Nacional, assembleias legislativas e câmara de vereadores. Uma das saídas seriam construir uma imagética petista. Vinculando todos os candidatos proporcionais à sigla. Ou seja, ao invés de veicular o nome dos candidatos em letras garrafais, compor a mesma proporção coma sigla e o número destacando-se o 13.
Demonstra-se ainda, que à despeito de lideranças regionais com sua representatividade e prestígio, sobressai a vinculação com a liderança de Lula e o pertencimento ao PT como uma das molas-mestras dos êxitos eleitorais.
O nosso esforço tem que ter como objetivo estratégico fidelizar esse eleitor para que ampliemos nossas bancadas e a partir do parlamento e sempre ancorado nas bases populares, empreendermos mudanças progressistas na sociedade brasileira.
É importante discutir com a população a necessidade do voto em um parlamentar petista. Mostrar que a presença no parlamento é fundamental para que se possa avançar pautas de interesse popular; evitar que a captura do parlamento por forças reacionárias que fazem o jogo das elites e dos poderosos em detrimento dos pobres e das classes médias seja um moto-contínuo.
As transformações na iníqua situação em que ainda sobrevive parte da nossa população e a falta de uma justiça tributária que beneficie as classes médias são frutos da extorsiva cobrança indireta de tributos; a taxação de grandes heranças; a cobrança de lucros e dividendos de especuladores; o fim de subsídios indevidos e a política de juros altíssimos praticados pelo Banco Central só advirão com uma maioria progressista no parlamento brasileiro.
O PT pode e deve fazer isso.