No ano passado, o último em que o país estava sob a direção do governo federal liderado pela extrema-direita de Jair Bolsonaro, o Brasil experimentou alta em alguns dos principais indicadores de violência contra mulheres da história. Os dados constam no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Trata-se de um legado de terror e tragédia para não ser esquecido e nunca mais tolerado. O compilado se baseia em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federais, entre outras fontes oficiais. Os números evidenciam que a gestão bolsonarista culminou na normalização da violência contra meninas e mulheres. 

Os feminicídios aumentaram 6,1%, totalizando 1.437 mortes e as tentativas aumentaram 16,9%, em comparação com 2021. Sete a cada 10 mulheres foram assassinadas dentro de suas casas e, em 53,6% dos casos, o assassino era o parceiro íntimo, sendo que em 19,4% dos casos, os crimes foram cometidos pelo ex-parceiro e 10,7%, por algum familiar.

Segundo os dados, em 2022 foram 245.713 agressões por violência doméstica (2,9%), 613.529 ameaças (7,2%), 899.485 chamadas ao 190 (8,7%), sendo 102 acionamentos por hora. Foram 147 casos diários de stalking, totalizando 53.918 registros. Stalking é um termo que vem do inglês e significa “caçar” ou “perseguir obsessivamente”. E é crime no Brasil. •

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