Guiana diante de uma guinada
A confirmação da ampliação das reservas de petróleo recuperáveis da Guiana em mais 1,3 bilhão de barris em outro grande campo ao largo da costa mostra o potencial da região. Um quinto grande campo de petróleo offshore está sendo desenvolvido por consórcio liderado pela ExxonMobil a um custo estimado de US$ 12,7 bilhões e que adicionará mais 1,3 bilhão de barris de reservas recuperáveis de petróleo à bacia Guiana-Suriname, já com 10 bilhões de barris.
O projeto Uaru-Mako pode entrar em operação nos próximos três anos, adicionando até 63 poços aos 30 já perfurados pelo consórcio, que também inclui a Hess Corporation e a chinesa CNOOC. Com dois campos em produção e mais dois aprovados, o consórcio é o primeiro entre muitas multinacionais que buscam explorar a imensa bacia, que promete transformar Guiana e Suriname em grandes produtores mundiais de combustíveis fósseis.
A Agência de Proteção Ambiental da Guiana divulgou as especificações do campo de petróleo em janeiro para revisão pública, dizendo que Uaru-Mako tem pelo menos 1,3 bilhão de barris de petróleo leve para adicionar aos mais de 10 bilhões em reservas recuperáveis que o consórcio estimou.
A produção atual dos dois primeiros campos é de quase 400 mil barris por dia. A agência exigia que o consórcio fizesse um seguro para cobrir os custos de qualquer possível derramamento de óleo nesses campos. A Exxon topou. O anúncio de outro grande campo de petróleo desperta medo e cobiça. •