Morreu na terça-feira, 9, o ex-deputado federal David Miranda (PDT), aos 37 anos. Ele estava hospitalizado desde agosto do ano passado. O ativista político deu entrada na internação por causa de um quadro de infecção intestinal grave, que evoluiu para uma septicemia. David foi o primeiro homem gay eleito para a Câmara de Vereadores do Rio, pelo Psol, e assumiu uma vaga na Câmara de Deputados, em Brasília, após a renúncia de Jean Wyllys. Deixa marido e dois filhos.

A morte dele foi comunicada pelo jornalista Glenn Greenwald, seu companheiro. “É com enorme tristeza que anuncio o falecimento do meu marido. Ele faria 38 amanhã”, disse. “Seu falecimento nesta manhã vem depois uma luta de nove meses no CTI. David partiu em paz, cercado de nossos filhos, familiares e amigos”.

Em depoimento, Glenn destacou o legado de Miranda, com quem foi casado por 18 anos. “David era singular: o homem mais forte, apaixonado e compassivo que já conheci. Ninguém tinha uma palavra ruim para ele. Não consigo descrever a perda e a dor”, escreveu. “Farei o possível para honrar seu legado: nossos filhos e ONGs. Mas acima de tudo, o maior sonho de David, aquilo que mais enchia seu coração, o seu maior propósito, era ser pai. Era um pai dedicado e amoroso. Me ensinou a ser pai. E nossos filhos incríveis — com seu próprio início de vida difícil — são o maior legado de David”, completa. •

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