O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na quarta-feira, 26, que enviará o assessor especial da Presidência e ex-chanceler Celso Amorim para um encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Amorim esteve na Rússia no início do mês e se reuniu com o presidente Vladimir Putin, dias antes de o chanceler russo, Sergei Lavrov, vir ao Brasil e ser recebido pelo próprio Lula.

A viagem de Amorim, que ainda não tem data marcada, deve servir para ajudar o Brasil a retomar a posição de neutralidade em relação à guerra na Ucrânia.

Na primeira visita à Europa em seu terceiro mandato, o chefe do Executivo brasileiro acabou ajustando o tom de posicionamentos que havia assumido sobre o confronto, provocando reação negativa da União Europeia e dos Estados Unidos.

Em viagem a China e Emirados Árabes Unidos, Lula declarou que Rússia e Ucrânia eram responsáveis pela guerra, e que americanos e europeus não vinham colaborando para o fim do conflito.

Cumprindo agenda em Madri e Lisboa, desde o dia 22, o Lula reconheceu a “agressão à integridade territorial” à Ucrânia e insistiu que o Brasil é neutro em relação ao conflito, mas que age para buscar a paz. “Estamos negociando para chegar aos dois (Rússia e Ucrânia) e tentar parar a guerra. Só eu falo em paz e procuro um grupo de pessoas dispostas a parar a guerra”, afirmou.

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