O pai de um menino que morreu no ataque à creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, deixou o local no fim da manhã da quarta-feira, 5, chorando e carregando o material escolar da criança. “Só sobrou a mochila do meu filho”, disse. Ele estava a caminho do Instituto Médico Legal (IML), para onde os corpos das vítimas foram levados.

Três meninos e uma menina foram mortos: Bernardo Cunha Machado, de 5 anos; Bernardo Pabest da Cunha, 4 anos; Larissa Maia Toldo, 7 anos; e Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos. Outras cinco crianças ficaram feridas – uma em estado grave.

“Agradeço a Deus todos os momentos que vivi com o meu filho. A partir de hoje a memória dele vai ser honrada no meu coração”, afirmou a jornalistas Bruno Bride, pai de Bernardo, de 5 anos, também vítima do ataque na creche. Ele contou ainda que nesta manhã os dois foram para creche dando pulos “imitando um coelhinho”.

Segundo os bombeiros, havia 40 crianças na creche. Em nota de pesar, a direção da creche particular, lamentou. “Estamos desolados com a tragédia ocorrida no dia de hoje no nosso ambiente escolar, sofrendo terrivelmente e sentindo as dores que afetam cada criança, familiar, amigo. Ainda estamos tentando entender o ocorrido, que atinge o que nos é mais sagrado: a integridade de nossas crianças, que sempre foram aqui recebidas com amor e carinho”, diz o texto. •

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