Nas ruas, protestos
Os movimentos sociais ocuparam as ruas de algumas capitais do país para defender a queda da taxa de juros pelo Banco Central. Na terça-feira, 21, as principais centrais sindicais — CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB ,NCST, CSP Conlutas, Intersindical e A Pública — além das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ocuparam as ruas e as redes para exigir a queda da taxa básica de juros.
Sindicalistas e representantes dos movimentos populares reafirmaram que a alta taxa de juros tem paralisado a economia e impedido o país de crescer e gerar empregos, distribuir renda e facilitar o acesso ao crédito. Em São Paulo, dirigentes da CUT e demais centrais e de movimentos populares realizaram manifestação contra a alta taxa de juros na Avenida Paulista.
Durante o ato, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, ressaltou que um dos objetivos dos trabalhadores que batalharam para eleger Lula é a imediata mudança nos rumos da política monetária implementada pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. “A atual política de juros altos privilegia apenas os mais ricos”, disse.
Sérgio Nobre destacou que a eleição em outubro do ano passado foi para mudar o país com mais emprego, transporte e segurança, mas que com a atual taxa de juros, isso não será possível. “Campos Neto é um sabotador do país. Por isso, nós queremos dar o recado aqui: esses caras que estão reunidos nesse conselho monetário [Copom], dizem que são independentes, mas eles foram capturados pelo sistema financeiro”, criticou. •