30 de março de 1964 – No último discurso, Jango antevê o golpe

Convidado de honra de um ato promovido pela Associação dos Sargentos e Suboficiais da Polícia Militar na sede do Automóvel Clube do Rio de Janeiro, João Goulart discursa em defesa de seu governo e das Reformas de Base. Auxiliares do presidente haviam aconselhado-o a não comparecer devido à radicalização da crise nas Forças Armadas, mas Jango decidiu estar presente no ato.

Foi a última aparição em público do presidente constitucional, que seria deposto 48 horas depois. Muito tenso e falando de improviso, o presidente denunciou o “clima de intrigas e envenenamento” que grupos poderosos tentavam criar. Ele defendeu as reformas de base, associando-as à doutrina social da Igreja Católica, como já havia feito no comício de 13 de março na Central do Brasil, e garantiu o estrito cumprimento da Constituição.

Numa clara alusão a entidades como o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), que financiavam partidos e parlamentares da oposição, Jango alertou para a manipulação dos “grupos de pressão que hoje controlam facções políticas, agências de publicidade e órgãos de cúpula das classes empresariais”. E finalizou: “O presidente não vacilará um instante sequer na execução de todas as leis e todos os decretos”.

30 de março de 1982 – Nasce a democracia corinthiana

Em meio à ditadura militar, iniciou-se no Corinthians o período denominado de Democracia Corinthiana. O movimento, que durou de 1982 até 1984, foi encabeçado por jogadores consagrados, como Sócrates, Wladimir, Casagrande, Biro-Biro, Zé Maria e Zenon.

Além disso, o Corinthians passou a ser gerido de uma forma revolucionária. Decisões importantes no dia a dia do clube, como contratações, escalações e regras internas eram decidias em conjunto. Todos os votos tinham o mesmo peso, do roupeiro ao técnico da equipe, Mário Travaglini.

29 de março de 2010 – Lula lança no palácio do planalto o PAC 2

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança, em solenidade no Palácio do Planalto o PAC, prevendo recursos da ordem de R$ 1,59 trilhão em investimentos em seis áreas: Cidade Melhor, Comunidade Cidadã, Minha Casa, Minha Vida, Água e Luz para todos (expansão do Luz para Todos), Transportes e Energia.

28 de março de 1968  – ‘Mataram um estudante. Podia ser seu filho’

Um tenente da Polícia Militar matou com um tiro o estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, de 17 anos. O crime foi cometido durante invasão policial ao restaurante Calabouço, no Rio, onde estudantes protestavam contra a má qualidade da comida. Outros seis jovens foram baleados. A violência policial desencadeou uma onda nacional de protestos contra a ditadura, com forte apoio da classe média. O enterro de Edson Luís marcou o início da ascensão do movimento estudantil no país, que iria culminar na Passeata dos Cem Mil, em 26 de junho.

Em 28 de março, por volta das 18h, a PM dispersou uma manifestação que pretendia alcançar o prédio da Assembleia Legislativa. Os estudantes se abrigaram dentro do restaurante. Às 18h30, o tenente Aloísio Raposo comandou a invasão. Deu ordens para “quebrar tudo” e atirou à queima-roupa no peito de Edson Luís. Os jovens reagiram com paus e pedras, fazendo a polícia recuar. Para impedir que a PM desaparecesse com o corpo no Instituto Médico Legal, os estudantes o carregaram nos braços até a Assembleia, onde dois médicos realizaram a autopsia. Coberto com a bandeira do Brasil e com cartazes de protesto, o corpo de Edson Luís foi velado no saguão do prédio.

No fim da tarde de 29 de março, cerca de 50 mil pessoas acompanharam o cortejo fúnebre até o cemitério em Botafogo, onde Edson Luís foi enterrado ao som do Hino Nacional e aos brados de “Mataram um estudante. Podia ser seu filho”. Naquele dia, houve manifestações de protesto contra a ditadura e greve geral de estudantes em todo o país.

O Rio praticamente parou no dia do sepultamento. Os espetáculos de teatro foram suspensos em solidariedade por parte dos artistas. Numa alusão à violência, os letreiros da Cinelândia exibiam os títulos de três filmes: “A Noite dos Generais”, “À Queima-Roupa” e “Coração de Luto”. Cartazes e pichações continham frases como “Os velhos no poder, os jovens no caixão”, “Bala mata fome?” e “Abaixo a ditadura”.

31 de março de 2014 – Dia mundial da Visibilidade Trans

O Dia Internacional da Visibilidade Transgênero (Transexuais, Travestis e pessoas Não-Binárias), dedica-se não somente a celebração das existências Trans, mas também a resistência e conscientização sobre a discriminação enfrentada por essas pessoas cotidianamente.

De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, “a data foi fundada pela ativista trans Rachel Crandall, de Michigan, como uma reação à falta de compromisso da sociedade em relação aos direitos das pessoas Trans, inclusive LGB+ (lésbicas, gays, bissexuais e demais existências), e vem sendo comemorada globalmente desde 2014, ganhando mais espaço a cada ano.

Além de comemorar as contribuições dessa comunidade para a sociedade, a data visa jogar luz sobre a luta das pessoas Trans na busca de cidadania e direitos”.

Vale ressaltar que o Brasil é o país que mais mata pessoas transgênero no mundo, de acordo com dados da Transgender Europe. Portanto, é de suma importância que busquemos, todos os dias, combater a transfobia, estigmas e diversas violências que assolam a comunidade Trans, para vislumbrarmos uma sociedade mais justa, respeitosa e equânime para todas as pessoas.

Outras datas históricas

25/03/1922: Fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB).

30/03/1935: A Aliança Nacional Libertadora (ANL), a frente ampla que agrega socialistas, comunistas, católicos e democratas, reúne no Rio de Janeiro 10 mil pessoas em um ato contra o fascismo, o imperialismo e pelos direitos da cidadania. O líder comunista Luís Carlos Prestes é aclamado no evento o presidente de honra da organização.

27/03/1982: Realizado em São Paulo o 2º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores. (PT)

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