Iniciativa da Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, a revista Focus Brasil comemora o 80º número nesta edição. Quando a criamos, em 2020, optamos por fazer uma revista em formato digital, por entendermos que esse é o futuro da mídia e por apostarmos na agilidade e na produção de um material que não só informasse, mas servisse de contraponto às mentiras e deturpações do legado dos governos Lula e Dilma.

Diferente da opinião verificada pelos jornalões, rádio e TVs — que não cansam de repetir o mantra de que o PT quebrou as finanças públicas, propaladas incessantemente após o Golpe de 2016 — resolvemos exumar o período com a publicação da série “Como o PT salvou o Brasil”, tendo matérias e artigos assinados por uma gama de especialistas que demonstraram cabalmente que a história verdadeira é outra.

Em uma de nossas edições, demos destaque à construção das reservas cambiais brasileiras pelos governos do PT. É significativo que pela primeira vez na história, o Brasil construiu uma reserva no patamar de US$ 370 bilhões de dólares. É fato que após a tragédia Bolsonaro/Paulo Guedes, este colchão foi reduzido a US$ 330 bilhões. Mas é sempre valioso lembrar que foi por conta desta iniciativa dos governos Lula e Dilma que o país atravessou com certa suavidade a crise mundial da Covid 19 e da guerra Rússia-Ucrânia. Este foi outro tema relevante a ganhar destaque em um dos nossos números.

Ao longo desses quase dois anos de vida, a Focus Brasil sempre buscou fazer o bom jornalismo ao mostrar a realidade brasileira, denunciando a tragédia do governo Bolsonaro para o povo brasileiro, tratando ainda da conjuntura política, econômica e social do Brasil e da América Latina, bem como dos temas mais importantes da política internacional. Isso sem falar em assuntos da cultura, o resgate do papel de personalidades da vida artística nacional e mundial, além de artigos assinados por intelectuais e artistas.

Ao longo desses 80 números, Focus também trouxe, em quase todas edições, entrevistas exclusivas com muitos brasileiros da maior relevância, incluindo a presidenta Dilma Rousseff, ex-ministros dos governos do PT, artistas, jornalistas e intelectuais.

Ao longo do segundo semestre, a revista acompanhou a campanha presidencial e ajudou a mostrar o que estava em jogo com as Eleições 2022. Ao final do processo, Lula foi eleito e nos preparamos agora para construirmos junto com os setores progressistas da sociedade uma publicação que discuta os grandes temas da política e da cultura e possa se contrapor à proclamada “guerra cultural” aberta pelos propagadores do fascismo e do atraso.

Foi isso que ensejou o catastrófico 8 de janeiro de 2023, com a invasão do Palácio do Planalto e as sedes dos poderes Legislativo e Judiciário, que quase joga o Brasil no abismo ao flertar com um novo golpe de Estado. Esse ataque vil às instituições da República mereceu no número uma cobertura forte, concomitantemente à posse do novo governo. Neste número, voltamos a mergulhar na conspiração bolsonarista que atentou contra a democracia brasileira.

Seguiremos firmes em nossa trincheira combatendo o bom combate. Não recuaremos um milímetro da defesa da democracia e do Estado de Direito. Para nós, a democracia não é um mero exercício tático ou retórico. É estratégica. Todas as vezes que a democracia foi vilipendiada ou golpeada na história do Brasil os que mais perderam direitos foram as classes trabalhadoras. E isso é inaceitável. Não vamos tolerar o fascismo reacionário.  •

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