O novo bolsa família
Lula anuncia que benefício de R$ 150 por criança começa a ser pago em março. Governo já trabalha na atualização do Cadastro Único para viabilizar pagamentos, explica ministro Wellington Dias
O presidente Lula anunciou que o novo Bolsa Família de R$ 600, acrescido de R$ 150 por cada criança até 6 anos, vai começar a ser pago a partir de março. O ministro do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse que o governo já está trabalhando na atualização do Cadastro Único para incluir mais famílias no programa.
Segundo Dias, isso permitirá ao governo cumprir o objetivo do programa: tirar mais famílias do mapa da fome e reduzir a miséria no país. A ampliação do Bolsa Família foi uma promessa da campanha eleitoral de Lula e da Frente Ampla que o apoiou.
O ministro justificou a reformulação do programa Bolsa Família, que vai priorizar a infância no combate à fome. “O novo Bolsa Família prevê a apresentação de uma reformulação do Auxílio Brasil na perspectiva de ter a família como o centro, a partir daqui, as políticas que têm como âncora a transferência de renda. A preocupação é com a criança nessa fase da formação”, disse.
Segundo Dias, a previsão é de que já em fevereiro o governo possa trabalhar as condições de, ao mesmo tempo atualizar o cadastro, trabalhar pelo benefício. “Em fevereiro tem essa nova reformulação e a partir do mês de março, o pagamento já acrescido dos R$ 150 por criança até 6 anos”, explicou.
O governo também vai retomar o programa Busca Ativa para trazer as pessoas que precisam e estão fora do Bolsa Família para recebimento do benefício, e também para definição das famílias que tem crianças até 6 anos para recebimento dos R$ 150.
“Vamos ter várias frentes, uma delas é essa de dar a mão, de trazer para a proteção social quem está passando fome e necessidade”, disse. “São pessoas que em todas as regiões do Brasil têm o direito ao Bolsa Família, mas ficaram de fora”. •
Amparo aos órfãos da pandemia
O novo governo permanece atento ao cenário devastador deixado pelo governo Bolsonaro. Os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, anunciaram que proposta de amparo aos órfãos da Covid.
“Nosso objetivo é tornar as políticas de direitos humanos algo material e que oriente o governo federal nesse tema. Os órfãos da Covid-19 estão no centro dos planejamentos dos dois ministérios. Por isso, essa parceria se faz necessária”, disse Silvio Almeida.
“Garantir políticas públicas de acordo com a necessidade da população é essencial para alcançarmos os resultados esperados”, comentou Wellington Dias. “Demos o primeiro passo para criar um grupo de trabalho pensando no cuidado com os órfãos da pandemia”. Em outro momento, a Casa Civil e os ministérios da Saúde e da Fazenda, entre outros, estarão conosco para apresentar uma proposta consistente ao presidente Lula.
Nos dois primeiros anos da pandemia, 40.830 crianças e adolescentes perderam suas mães por Covid-19 no Brasil. Os dados foram levantados em um estudo inédito realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A proposta é amparar órfãos de até 24 anos que perderam suas famílias durante a pandemia. •