No Dia Nacional da Saúde, 5 de agosto,  Lula defende o SUS na 17ª Conferência Nacional e promete mais recursos para a saúde pública. “Não podemos continuar usando a palavra gasto quando se trata de cuidar da saúde do povo brasileiro”

 

O Sistema Único de Saúde (SUS) precisa ser fortalecido sob pena do povo brasileiro ter menos direito a tratamento de saúde do que há 20 anos. Na abertura da 17ª Conferência Nacional da Saúde, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o compromisso de transformar o cuidado da saúde do povo em um desafio central do seu governo, caso venha a ser eleito em 2 de outubro.

“Nós não podemos continuar usando a palavra gasto quando se trata de cuidar da saúde do povo brasileiro”, disse o ex-presidente. “A gente tem que avaliar quanto custa para um país uma pessoa com saúde. A capacidade produtiva dessa pessoa cresce muito. E melhora a capacidade produtiva do país”.

Ao discursar para os profissionais de saúde que participaram do encontro e ajudaram a elaborar propostas para o setor, Lula lembrou que não se pode separar a saúde de outras políticas pública. Ele também lamentou que o atual presidente Jair Bolsonaro ataque permanentemente o SUS e defendeu mais recursos  para a área.

“Para cumprir a missão de garantir saúde para todos e todas, das vacinas ao transplante, é preciso ampliar o investimento na saúde pública. E esse é um compromisso que estou assumindo com o Brasil e o povo brasileiro”, anunciou. Ele Lula reconheceu que não foi possível fazer tudo que precisava ser feito durante seus  dois governos. Mas celebrou as inúmeras conquistas alcançadas graças ao emprenho dos trabalhadores do SUS.

Lembrou que, quando era presidente, a expectativa de vida no país cresceu de 70 anos e 9 meses em 2002 para 75 anos e 9 meses em 2016. Que no seu governo e no de Dilma, a mortalidade infantil foi reduzida pela metade, a rubéola e o sarampo foram erradicados, a cobertura vacinal foi ampliada e se tornou referência mundial. Esses avanços se deram porque, antes de tudo, combateu-se a fome, gerou-se emprego e aumentou-se a renda do trabalhador, valorizando o salário mínimo. Nos governos do PT, investiu-se em educação, moradia e saneamento básico. “Sem isso, a gente não pode falar em saúde. E, hoje, com o povo na fila do osso e da carcaça de frango, nós vamos precisar fortalecer muito o sistema de saúde para que a gente não deixe este país ter uma pandemia da fome”, argumentou.

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