A Polícia Civil do Paraná concluiu que o homicídio do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda não pode ser considerado um crime de ódio, motivado por uma briga política. Segundo o boletim de ocorrência do crime, testemunhas disseram aos policiais que Guaranho chegou ao local, decorado com as cores do PT e imagens de Lula, gritando “aqui é Bolsonaro”. O assassino será indiciado por homicídio duplamente qualificado, pelo motivo torpe e por causar perigo comum a terceiros. Ele segue internado em estado grave.

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, reagiu com indignação às conclusões do inquérito: “As provas que a própria polícia recolheu mostram que o assassino foi até a festa de Marcelo de caso pensado, para agredir e ofender exclusivamente por motivação política”, afirmou.

Na coletiva à imprensa, na sexta, 15, a Polícia Civil informou que o agente penitenciário foi até a festa para provocar a vítima e que houve uma discussão em razão de divergências políticas. Mas que não há provas de que, quando Guaranho retornou ao local, ele queria cometer um crime de ódio.

“O que temos é a alegação da mulher dele dizendo que ele voltaria porque disse ter sido humilhado. Então é difícil falar que ele matou por um crime de ódio, pelo fato de a vítima ser petista. Ele voltou pela escalada de ódio”, afirmou a delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello. •

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