A imprensa mundial destaca que a morte de petista é prenúncio de uma campanha eleitoral tensa e “um mau presságio” para a disputa que tem Lula como líder

 

Assim como no episódio da morte da vereadora Marielle Franco (Psol), a morte de Marcelo Arruda teve forte repercussão internacional, com a mídia estrangeira acompanhando os desdobramentos e prevendo uma disputa eleitoral tensa.

O caso vem sendo amplamente repercutido desde domingo, em função principalmente dos despachos das agências internacionais de notícias. A Reuters destacou a morte do dirigente do PT no Paraná classificando o episódio como um “mau presságio” sobre o que ocorrerá no Brasil durante a campanha eleitoral. O despacho da agência foi replicado em 6.250 veículos noticiosos de todo o mundo.

A Associated Press relata que o assassinato de um dirigente do Partido dos Trabalhadores por um apoiador de Bolsonaro “está levantando temores de uma campanha cada vez mais violenta antes das eleições altamente polarizadas de outubro no Brasil”.

O diário espanhol El País apontou: “Líder do PT brasileiro é morto a tiros pelas mãos de um policial bolsonarista”. A agência France Presse distribuiu despacho, para reprodução em jornais como Le Figaro, lembrando que “o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro facilitou o acesso a armas desde que chegou ao poder”.

O jornal português Diário de Notícias lembrou que o apoiador de Bolsonaro invadiu a festa para matar o aniversariante lulista. E O lusitano Público seguiu a mesma linha. Jornais argentinos como Clarín, La Nación e Página 12, noticiaram o crime com destaque. Também argentino, o site Crônica escreveu que Guaranho entrou no aniversário de Arruda “gritando a favor de Jair Bolsonaro” para matar o petista.

O Hoy Paraguay, do país vizinho à cidade Foz do Iguaçu, reportou a morte e frisou que autoridades salientaram o perfil bolsonarista do criminoso. A rede de TV venezuelana TeleSur também informou sobre a tragédia, salientando o clima de crescente violência por parte dos bolsonaristas.

No Canadá, o La Presse destacou a profissão da vítima e do agressor, ambos da área de segurança pública, e o perfil violento e extremista do bolsonarista Jorge Guaranho nas redes sociais.  •

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