Em Minas, Lula denuncia a fome

“A minha guerra é contra a fome, que envolve 54 milhões de almas nesse país, e como é que nós vamos vencer essa guerra? Com inteligência”, disse, durante ato com o Alexandre Kalil, candidato ao governo, e o vice Geraldo Alckmin. Sobre as eleições, o petista lembrou que o estado é poderoso e não pode ficar de cabeça baixa

 

Em ato público de pré-lançamento da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil ao governo de Minas Gerais, na quarta-feira, 15, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que está empenhado em enfrentar a fome crônica no Brasil. “A minha guerra é contra a fome, que envolve 54 milhões de almas nesse país, e como é que nós vamos vencer essa guerra? É tentando ter o mínimo de inteligência”, declarou, em discurso, em Uberlândia.

“Eu aprendi dentro de uma fábrica que é preciso fazer com que as pessoas mais humildes ganhem um pouco mais e as pessoas um pouco mais ricas ganhem um pouco menos. É repartir o pão para que todo mundo tenha o direito de comer um pedaço desse pão”, declarou. “É assim que diz a nossa Constituição, é assim que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos e é assim que está escrito na Bíblia e é por isso que Jesus Cristo morreu para nos salvar. A tentativa de fazer com que as coisas fossem repartidas para todos”.

Lula reiterou seu compromisso com a candidatura de Alexandre Kalil. Ele diz que o ex-prefeito tem condições de realizar as transformações que o Estado precisa. “Minas Gerais não pode ficar de cabeça baixa. Minas Gerais é um estado muito grande, um estado muito poderoso, e eu acho que esse homem vai fazer com Minas Gerais o que ele fez com o Atlético, fazer com que Minas Gerais seja um dos estados mais poderosos deste país”, disse.

No evento, que contou com a presença do ex-governador Geraldo Alckmin, de políticos mineiros e do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), além do deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), o ex-presidente disse que o Brasil hoje está bem pior do que era quando ele assumiu o primeiro mandato em 2003. Ele declarou que tem orgulho de passar para a história como o presidente que mais fez universidades e escolas técnicas, de ter gerado 22 milhões de empregos com carteira assinada, de aumentado o salário mínimo em 74%, destinado 51 milhões de hectares de terra à reforma agrária e de ter criado o PAA para comprar comida de pequenos produtores para dar de graça para quem precisava.

Lula afirmou que o Brasil tem jeito e que o caminho passa pela inclusão dos pobres nos orçamentos da prefeitura, do Estado e da União. “As pessoas querem levantar de manhã e tomar café, tomar café com leite, pão com manteiga, se tiver uma goiabada cascão aqui de Minas, melhor ainda. A gente quer ter o direito de comer frango com quiabo no domingo”, disse. •